CHILE
. AVALVI APART HOTEL – Avenida Huerfanos 1400, Oficina
926 C, Centro, Santiago, 8340431
Ir ao Chile é desembarcar em um país
conservador – só em 2004 o divórcio foi autorizado por lei – mas que cresce sem
parar. E não foi só. Elegeu Michelle Banchelet (divorciada!) e declaradamente
agnóstica (num país católico) para presidente da república. A quarta mulher a
subir ao poder pelo voto direto na América Latina.
O país é uma tripa (tem largura
máxima de 175km) e quase 4300km de comprimento. Isso rendeu ao Chile paisagens
insólitas, passando pelo deserto mais seco do mundo no norte a geleiras e
fiordes do sul. Banhado pelo gelado Pacífico, tem uma variedade incrível de frutos
do mar – alguns não existem em nenhum outro lugar do mundo. De exóticos a
saborosos, cada um tem o seu. Sem falar nas empanadas, fritas ou assadas.
Da pior ditadura aos vinhos
célebres, o Chile também teve o seu 11 de setembro. O ano era 1973. O general
Pinochet chefiou o golpe militar que levou o então presidente socialista,
Salvador Allende, a fazer seu último discurso de dentro do Palacio La Moneda: “Esta
será, seguramente, la última oportunidad em que me pueda dirigir a ustedes. (…)
Mis palabras no tienen amargura, sino decepción, y serán ellas el castigo moral
para los que han traicionando el juramento que hicieron. (…) Éstas son mis
últimas palabras, teniendo la certeza de que el sacrificio no será em vano.
Tengo la certeza de que, por lo menos, habrá uma sanción moral que castigará la
felonia, la cobardia y la traición..”
Em
seguida, salvador Allende se suicidou.
Foram 17 anos de ditadura. Pinochet
chegou a ser preso. Respondeu por crimes de genocídio, tortura e terrorismo.
Foi condenado, depois absolvido. Morreu em 2006 aos 91 anos, sem nunca pagar
pelas barbaridades que cometeu.
Nesse meio tempo o Chile renasceu.
Cultura, arte, política e economia passaram por diversas transformações que
revelaram um país adorável, surpreendente, inesgotável. A luta contra a
violência doméstica – um problema crônico – está por todas as ruas, nas
estações de metrô e na televisão. Resultado da força e da influência feminina
de Bachelet.
O peso chileno é bem desvalorizado,
um real equivale a 240,41 pesos chilenos.
Considerações feitas, vamos á parte
prática.
Como o Chile é uma cidade compacta
os principais pontos turísticos podem ser matados num único dia, se estivermos
com disposição. Dá para usar o metrô ou o ônibus hop-on hop-off da Turistik.
O ideal é começarmos subindo o Cerro
San Cristóbal (Pío Nono 450, Recoleta – Estação de metrô mais próxima é a
Baquedano, linha 1-vermelha ou 5-verde. Parada Turistik – Parque
Metropolitano).
Localizado na região central de
Santiago o Cerro San Cristóbal é um programa imperdível na capital do Chile. O
Cerro (morro em português) é um dos pontos mais altos da cidade e nele fica uma
estátua da Virgem de La Inmaculada Concepción e o Santuário de la Inmaculada
Concepción.
Do alto do Cerro San Cristóbal se
tem uma bela vista de boa parte de Santiago, com a Cordilheira dos Andes ao
fundo. O ideal é ir ao Cerro logo no primeiro dia de nossa viagem a Santiago,
para já termos uma noção de como é a cidade. A linda névoa branca que paira
sobre Santiago, principalmente no inverno, na verdade é poluição.
O Cerro San Cristóbal fica ao lado
do Barrio Bellavista, um dos mais turísticos da cidade e bem próximo do
Centro. Para subir ao Cerro o jeito mais
tradicional, fácil e turístico é de funicular. A estação base do funicular fica
no final da Rua Pio Nono, no Barrio Bellavista.
O ideal seria subir de funicular até
o topo do morro, mas o mesmo estará fechado para reforma na época em que vamos,
portanto só nos restará subir de ônibus (gratuitos).
Quando chegarmos ao topo, na estação
Cumbre, iremos nos deparar com uma grande praça, que possui algumas lojinhas e
lanchonetes, além de um grande mirante que proporciona uma visão panorâmica de
boa parte da cidade de Santiago. A visibilidade geralmente está um pouco
prejudicada devido a grande camada de poluição que há sobre a cidade,
principalmente no inverno.
O Santuário da Imaculada Conceição
(Santuario de la Inmaculada Concepción del Cerro San Cristóbal) está um pouco
mais acima, sendo necessário subir alguns lances de escada ou uma rampa para
acessá-lo. Ele é considerado um dos principais templos da igreja católica do
Chile. Há um grande altar onde são celebradas as missas e arquibancadas ao ar
livre para que o público possa acompanha-las, além de uma grande capela de pedra
onde são realizadas outras missas e celebrações. Caixas de som espalhadas por
todos os lados tocam músicas de igreja, deixando o ambiente numa paz total.
Subindo as escadas em direção à
santa é possível encontrar algumas imagens de Cristo e monumentos em homenagem
à pessoas mortas. Lá no alto, soberana no topo do Cerro San Cristóbal, está a
imagem da Virgem Imaculada Conceição, abençoando a cidade de Santiago. Ela tem
14 metros de altura, com um pedestal de 8,3 metros. Foi fabricada em Paris e
pesa mais de 36 toneladas. Sua altura sobre o nível do mar é de 863 metros.
Aos pés da Santa há um espaço onde
os visitantes podem queimar velas e deixar suas preces, pedidos e
agradecimentos. Há uma grande quantidade de objetos e bilhetes no local.
Depois e só sair pelo lado esquerdo
da entrada do parque, passando pela frente do Hotel Aubrey e entrando na
primeira rua à esquerda, uma rua sem saída que termina na frente do Museu Las
Chacona.
O Museu La Chascona é uma das casas
do poeta Pablo Neruda no Chile e está localizada na rua Fernando Márquez de la
Plata 0192, bairro Bellavista, aos pés do Cerro San Cristóbal. A visita permite
conhecer todo o interior da casa e acontece com a presença de um guia. É um
passeio muito interessante, mesmo para quem não conhece nada sobre o poeta.
Funciona diariamente das 10h às 18h, exceto às segundas-feiras, quanto está
fechado. Nos meses de janeiro e fevereiro tem o horário estendido até as 19h. O
ingresso custa $3.500 CLP (R$14,00) e há
tours em espanhol, inglês ou francês. Não é permitido bater fotos no interior
da casa, apenas no jardim.
Pablo Neruda foi um poeta nascido no
Chile e considerado um dos mais importantes da língua castelhana do século XX.
Também trabalhou como cônsul do Chile na Espanha e no México. Foi o vencedor do
Prêmio Nobel de Literatura em 1871. Além desta casa em Santiago ainda tinha
outras duas, uma na Isla Negra e outra na cidade de Valparaíso, chamada La
Sebastiana.
A casa La Chascona foi construída em
1953 para sua amante Matilde, que tinha o apelido de chascona (descabelada) por
causa de seus cabelos ruivos grandes e bagunçados. O poeta só foi morar nela em
1955, quando se separou oficialmente de sua primeira esposa. Ele faleceu em
1973 e Matilde continuou morando na casa até sua morte em 1985.
O museu é constituído de diversos
objetos que fizeram parte da vida do casal. O tour acontece por todos os
ambientes da casa, do jardim ao escritório do poeta, passando pela sala de
estar, de jantar, cozinha, quartos e até o banheiro. Boa parte dos objetos
encontrados são originais e muitos deles foram trazidos das outras casas de
Neruda para fazer parte do acervo. A casa tem um estilo excêntrico, construída
em formato de navio, com teto baixo e escadas apertadas. Durante o golpe
militar de 1973 ela foi muito danificada e teve muitos dos seus objetos
saqueados por vândalos, mas graças ao esforço de Matilde e seus familiares e
amigos foi restaurada e hoje é um las dos principais museus da cidade de
Santiago.
Recomenda-se muito a visita, muito
dizem ser ele uma ótima surpresa mais interessante que se pode imaginar.
Daí e seguir para o Mercado Central
(San Pablo, 967, Santiago, Chile) que é outra parada imperdível. Uma mistura
bem folclórica de peixes, frutos do mar, cantores e arquitetura. Fica a poucos
quarteirões da Plaza das Armas.
No pátio central você pode
experimentar os mais variados pratos da culinária chilena, destacando as
“machas a la parmesana”, um saboroso fruto do mar coberto com queijo gratinado,
o “ceviche” feito com salmão ou “reineta”, um peixe de carne macia, temperado
com limão, cebola e um toque especial.
Outro prato delicioso é a “Centolla”
uma espécie de caranguejo gigante que é cultivado bem no sul do Chile. Vale a
pena experimentá-lo. O preço é assustador R$ 160, mas fazendo bem as contas,
como dá para dividir a iguaria por 4 pessoas, o preço não é tão ruim assim.
Falando da arquitetura, o teto do
mercado central é uma magnífica construção de ferro fundido. Dedique alguns
minutos para apreciá-lo com calma.
São vários os restaurantes, destaco
o “El Galeón” e “Donde Augusto”.
Do Mercado Central dá para ir a pé o
coração da cidade velha (deixando o carro no nosso hotel – cerca de 650m), a
Plaza das Armas.
A Plaza das Armas é o coração
histórico e social da cidade. Há vários edifícios de valor nacional ao redor da
praça, o que atrai uma multidão imensa, que passa a tarde descansando, jogando
xadrez ou assistindo os artistas de rua.. Dali partem também alguns importantes
calçadões de pedestres, como o Paseo Ahumada, a Paseo Puente e a Paseo Estado,
numa interessante e agradável rede de calçadões do centro, repleta de lojas e
restaurantes, que inclui também o Paseo Huérfanos, a uma quadra paralela à
Plaza das Armas.
Está é uma região sempre movimentada
e vibrante, excetuando aos finais de semana, feriados ou à noite, quando fica
tão vazia que chega a assustar. A presença de várias boates de show eróticos na
região do centro também contribuem para o clima pesado durante à noite, mas, de
dia, é uma área segura e animada.
De longe, o que mais impressiona na
Plaza de Armas é a magnífica Catedral Metropolitana de Santiago, tão bela por
fora quanto por dentro.
O melhor horário para vê-la em toda
a sua beleza é de manhã, quando o sol ilumina sua fachada. A entrada na
catedral é gratuita e, em algumas ocasiões, você terá a chance de presenciar
uma missa.
A Agência do Correio Central é um
monumento de valor histórico. Antigamente, era a sede dos governantes do Chile,
até transferirem-na para o Palácio de La Moneda.
A entrada é gratuita. Além disto, há
um pequeno museu postal em seu interior.
Municipalidade de Santiago foi o
local onde as autoridades coloniais instalaram o Cabildo, ou seja, a sede da
administração colonial no Chile e o cárcere. Ainda hoje é um edifício destinado
à administração comunal. Não tenho certeza se o prédio é aberto à visitação
pública (não encontrei nada em nenhum lugar da internet), no entanto, numa
portinha ao lado, há um escritório de informações turísticas, de onde sai o ônibus
Turistik (e de onde também se pode comprar o bilhete), além de acesso grátis à
internet. Neste escritório, pode-se também conseguir alguns folhetos e mapas de
Santiago.
Atenção para os Ask Me que são uma
fonte valiosa de informações ao turista, eles ficam zanzando pela Plaza das
Armas, com eles podemos obter mapas da cidade, informações sobre passeios
turísticos, e perguntar o que vale a pena ou não ser feito em Santiago. O
serviço deles é gratuito.
Museu Histórico Nacional é pouco
lembrado pelos turistas brasileiros. Apesar de haver alguns artefatos de arte
pré-colombianos, o foco deste museu é a história do Chile e, particularmente,
de Santiago.
Há vestimentas da época colonial e
do período revolucionário, além de armas, uniformes, pinturas à óleo, maquetes
e vários utensílios do cotidiano de gerações anteriores. A ala mais comovente
é, sem dúvida, a dedicada ao golpe militar contra Salvador Allende, comandado
pelo general Pinochet. Nesta seção está exposto até o óculos que Allende estava
usando quando se suicídou. Outro item que chama a atenção é uma espada que
havia pertencido à San Martin, líder da revolução que tornou o Chile e a
Argentina países independentes no século XIX.
A entrada custa a bagatela de 600
pesos chilenos (pouco mais que U$ 1), no entanto, se visitarmos o museu aos
domingos ou feriados, a entrada é gratuita.
O Palácio de La Moneda é a sede da
presidência do Chile, e uma das grandes atrações turísticas de Santiago.
Infelizmente a visitação ao palácio está temporariamente suspensa por causa do
terremoto de 2010, que abalou a estrutura deste edifício.
Esta é uma região muito segura e
agradável, pode-se sentar na grama e descansar depois de uma manhã de passeios
pelo centro de Santiago.
Por uma entrada lateral, há o acesso
ao Centro Cultural La Moneda, que fica no subsolo do Palácio e que apresenta
interessantes exposições temporárias, que costumam ser gratuitas aos domingos.
Além disso existe conexão wi-fi gratuita em frente ao Ministério da
Agricultura, que pode ser utilizada por uma hora.
Mas a grande atração que ocorre no
Palácio de La Moneda é a troca de guarda presidencial, dos carabineros, que
marcham com uma precisão milimétrica. A troca ocorre a cada dois dias,
pontualmente às 10 horas da manhã.
O ideal é chegar meia hora antes
para pegar o melhor lugar (bem em frente à porta do Palácio).
No segundo dia o ideal é irmos a
Valparaíso e Viña Del Mar, duas cidades litorâneas bem próximas, porém muito
distintas, localizadas a aproximadamente 120km da capital.
Começaremos por Valparaíso, uma das
cidades mais antigas do Chile e que possui uma área histórica considerada
Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
Valparíso foi fundada em 1544 pelo
Espanhol Pedro de Valdívia. Atualmente possui cerca de 300 mil habitantes e é a
Capital Legislativa da República do Chile. Uma de suas características mais
marcantes é a geografia repleta de morros na beira do mar. Ao todo são 42
morros e colinas, que como disse acima, os chilenos chamam de cerros.
Para ajudar a população e os
visitantes a subir as ladeiras inclinadas, existem 15 elevadores, ou ascensores,
espalhados pela cidade.
Há três maneiras de irmos a
Valaparaíso partindo de Santiago. A primeira delas é pegando um ônibus de
linha, como os das empresas Pullman e Turbus, que partem do terminal rodoviário
Alameda. Outra forma é comprando o passeio com agências de turismo locais, como
a Tutistik e a Turistour, que cobram em torno de $ 32.000 CLP, aproximadamente
R$ 132,00 por pessoa, num pacote que inclui também a visita à Viña Del Mar.
A terceira e melhor opção para nós e
dirigir até a cidade já que estaremos com carro alugado. A viagem de Santiago a
Valparaíso duram, em média, 1:30h e o caminho é pela rodovia 68. A estrada é
muito boa e toda duplicada, com velocidade máxima variando entre 80 a 120km,
dependendo do trecho. Há dois pedágios no caminho que custam $ 2.300 CLP (R$
9,20) cada.
Logo na saída de Santiago a estrada
passa por um túnel bem grande, com 3 km de extensão. O caminho também passa
pelo Valle de Casablanca, uma das principais regiões produtoras de vinho do
Chile, com várias vinícolas na beira da rodovia que podem ser visitadas. Nessa
região é comum pegar uma neblina meio chata por um bom tempo, mas nada que
deixe a estrada perigosa. A rodovia termina bem no centro de Valparaíso e pouco
antes de entrar na cidade já é possível ver os morros muito altos cheios de
casas.
Chegando na cidade, o ideal é virar
à esquerda na Av. Brasil e depois pegarmos à Av. Errázuriz, costeando o mar até
o canto esquerdo da cidade, onde está localizado o porto. Aqui é só estacionar
o carro num terreno que serve como estacionamento privado, na esquina da
Cochrane com a Márquez, que custa $1.500 CLP (R$6,00) por cerca de 1h30.
A primeira atração que deve ser visitada
é o Ascensor Artilleria, um elevador que faz a ligação entre a Plaza Wellright,
na estação baixa, e o Paseo 21 de Mayo, na estação alta. Inaugurado em 1893,
ele percorre uma distância de 175 metros, numa inclinação de 30 graus,
atingindo 80 metros de altura. São dois vagões, cada um com capacidade para 25
pessoas, que se revezam no trajeto. Enquanto um sobe, outro desce ao mesmo
tempo.
Cada trecho custa $300 CLP (R$1,20).
O curioso é que o pagamento é feito somente na estação superior. Você sobe e só
paga lá em cima, antes de passar na catraca de saída. Não faz muito sentido!
Ambas as estações são bem jogadas, mal cuidadas, e os vagões, que são de
madeira, também são precários e parece que vão quebrar a qualquer momento.
Lá em cima está o Paseo 21 de Mayo,
o principal mirante da cidade, com uma bela vista panorâmica de toda a cidade,
tendo à sua frente o porto de Valparaíso. Junto ao mirante há uma feirinha com
várias barracas de artesanato.
Junto ao Paseo está o Museo Naval y
Maritimo, ou Museu Marítimo Nacional, que retrata a história chilena, com
enfoque principalmente nas grandes navegações, incluindo a Guerra do Pacífico,
com direito a diversas réplicas perfeitas das antigas embarcações. A coleção
conta ainda com muitas obras de arte, objetos antigos, bustos, vitrais,
bandeiras e mapas. Os salões são bem amplos e o museu é muito bem cuidado. O
ingresso custa $700 CLP (R$2,80) para adultos e $300 CLP (R$1,20) para
crianças. O horário de funcionamento é de terça à sábado, das 10h às 17h30. É
permitido tirar fotos no interior, sem a utilização do flash.
No centro do museu há um grande
pátio e nele se encontra a mais nova atração, acrescentada ao acervo há poucos
meses. Trata-se da cápsula Fênix, utilizada no histórico resgate dos mineiros
chilenos, um episódio que comoveu o mundo no ano de 2011. Junto à ela há alguns
murais contando todos os detalhes do resgate e também estão expostos alguns
objetos utilizados, como uniformes e óculos de proteção. O Museu Naval y
Marítimo já era uma atração interessante de se conhecer por causa do seu rico
acervo, mas agora, com esta nova adição, tornou-se uma atração imperdível em
Valparaíso. É possível entrar na cápsula apertada para bater fotos à vontade!
Depois de visitar o Museu, ao invés
de pegarmos o elevador para descer, podemoss ir a pé pelas ruas e escadarias
estreitas do morro (desde que seja viável com o carrinho da Júlia), para ver as
casa coloridas e sentir um pouco do clima da cidade. Há quem diga que
Valparaíso parece uma grande favela, por
causa dos seus morros bem altos e dominados por casas amontoadas. Até parece,
mas é o estilo de vida deles. Praticamente toda a população vive nas casas
espalhados pelos 42 morros.
A próxima parada deve ser a Plaza
Sotomayor, a maior praça da cidade que possui diversas construções históricas.
O que mais chama atenção na praça é o Monumento a los Héroes de Iquique, em
homenagem aos mártires que participação do Combate Naval de Iquique. Abaixo do
monumento há um mausoléu onde foram enterrados os corpos de alguns combatentes.
Num edifício em frente ao monumento há uma casa de câmbio onde se pode
encontrar uma das melhores cotações do Chile.
Saindo da praça o ideal é visitar o
Museu La Sebastiana, a casa do poeta Pablo Neruda em Valparaíso, localizada na
rua Ricardo de Ferrari 692. Para facilitar a localização, aqui vai uma dica:
devemos encontrar a avenida Colón, uma
via paralela às avenidas Brasil e Pedro Montt, e siguir até o final dela, nas
proximidades da Plaza Victoria. Quando ela terminar, basta virar à esquerda
numa pequena subida para entrar na Ferrari. Explicando assim pode parecer
confuso, mas acompanhando no mapa não tem erro! A Ferrari é uma ladeira
estreita e muito, mas muito íngreme. Alguns carros podem ter dificuldade de
subi-la. Lá no alto há uma pracinha, várias barracas de artesanato e logo
depois o museu.
A La Sebastiana é uma das atrações mais interessantes de Valparaíso. Na entrada há um pequeno café e uma loja, onde está a bilheteria. Na área externa ainda há um centro de informações turísticas e um mirante com vista panorâmica para a cidade. O ingresso custa $3.000 CLP (R$12,00) e o museu funciona de terça à domingo, das 10h10 às 18h (de março a dezembro), e das 10h30 às 18h20 (janeiro e fevereiro).
A visita acontece com o auxílio de
um áudio-guia, com a opção de idioma em português. Segurando o aparelho como se
fosse um telefone, o visitante vai caminhando pela casa e digitando os códigos
de cada ambiente para ouvir a explicação. A casa tem 5 andares e é rica em
detalhes, com os objetos originais utilizados pelo poeta. Todos os ambientes
são visitados, como a sala de estar, a sala de jantar, o bar do poeta, o
dormitório, o banheiro e o escritório de Pablo Neruda. Ao longo das explicações
é possível ouvir diversos poemas de sua autoria. Não é permitido bater fotos do
interior da casa, apenas da vista que se tem a partir de suas janelas. Mochilas
e bolsas devem ficar num guarda-volumes do lado de fora.
A última atração a ser visitada em
Valparaíso é o Muelle Baron, um antigo pier, localizado próximo à zona
portuária. O local possui dois guindastes desativados e ainda é utilizado por
embarcações de pequeno porte e também como palco para algumas festas e eventos.
Há um estacionamento próximo e o acesso é feito passando por debaixo do
elevando no início da Av. España, que faz a ligação com a cidade de Viña del
Mar.
Agora é hora de seguir para Viña Del
Mar. Viña del Mar é considerada a “capital turística do Chile” e possui algumas
das melhores praias do país, por isso atrai tantos turistas, principalmente no
verão. Também conhecida como “a cidade jardim”, possui uma grande
infra-estrutura hoteleira e gastronômica que ajudam a fazer do turismo a sua
principal atividade econômica.
Localizada a 120 km de Santiago e
com uma população de aproximadamente 300 mil habitantes, Viña del Mar é uma
cidade que pode ser visitada durante o ano inteiro. Achei que eu fosse
encontrar uma cidade morta fora da temporada, mas fiquei surpreso em saber que
a cidade é muito maior que eu imaginava, possui vida própria e uma
infra-estrutura de dar inveja a muitas cidades litorâneas brasileiras.
Para chegar na cidade é só dirigir
apenas 5 km pela Av. España, partindo de Valparaíso, a cidade que teremos
visitado na parte da manhã. Quem vai de ônibus de linha pode fazer o trajeto
entre as duas cidades através do Metropolitano Valparaíso, também conhecido
como MERVAL, uma linha de trem que percorre a costa com diversas estações nas
duas cidades.
A primeira parada em Viña del Mar
deve ser no seu principal cartão postal, o Relógio de Flores (Reloj de Flores),
um grande jardim bem na entrada da cidade que possui um grande relógio com
flores formando os números e o nome da cidade. É uma parada obrigatória para
qualquer turista que visita a cidade. Ele fica próximo à Playa Caleta Abarca,
bem no final da Av. España.
Depois do relógio, o ideal é
caminharmos por um grande calçadão que passa em frente ao hotel e segue pela
orla da Playa Miramar, uma pequena praia com muitas pedras, em direção à
próxima atração, localizada na outra extremidade.
O Castello Wullf (Castilo Wullf) foi
construído por um comerciante alemão, Gustavo Wulff, no ano de 1906, com traços
influenciados pelo estilo francês e alemão. A torre foi acrescentada em 1920 e
o local serviu de residência para seu criador até sua morte, quando passou para
o domínio de sua esposa, que reformou o castelo para então vendê-lo ao
município de Viña del Mar. Atualmente é utilizado como sala de exibição para
mostras de arte.
A entrada no castelo é gratuita e
ele funciona de terça à domingo, das 10h às 13h30 e das 15h às 17h30. No seu
interior, há uma parte cujo piso é de vidro, permitindo visualizar a água do
mar batendo nas rochas. Ao lado do castelo há uma pedra bem alta que serve como
mirante, com um visual panorâmico da Playa Miramar, do Oceano Pacífico e da
principal orla da cidade, a Av. Peru.
Saindo do castelo devemos ir em
direção à cidade, atravessando a Ponte Casino, para almoçar no restaurante
Divino Pecado, que está na lista de melhores restaurantes de Viña del Mar na
opinião dos leitores do site Trip Advisor. É um restaurante italiano pequeno e
bem agradável, localizado bem no início da Av. San Martín, em frente ao Cassino
da cidade. O preço é um pouco alto, mas a comida é muito saborosa, com massa
artesanal.
Depois do almoço, atravessando a
rua, chegaremos ao Casino de Viña del Mar, o cassino mais antigo do Chile,
inaugurado em 1930. Ele está localizado junto a um grande hotel resort, num
complexo com vários restaurantes, bares e boate, de frente para o mar. A
entrada custa $3.800 CLP (R$15,20) e ele funciona 24 horas por dia, sendo
proibido para menores de 18 anos. São 1200 máquinas, mais de 80 mesas de jogos,
além de bingos e outras atividades.
Agora é hora de voltarmos para o
carro e dirigir até a próxima atração, o Parque Quinta Vergara, uma grande área
verde na região da cidade, que possui grandes jardins e atrações como o Museo
Nacional de Bellas Artes, no Palácio Vergara, e um grande anfiteatro utilizado
com capacidade para 16 mil pessoas utilizado para grandes eventos, como o
Festival da Canção de Viña del Mar.
Em seguida vamos visitar o Museu
Fonck (Museo Fonck), que abriga uma interessante coleção de objetos
arqueológicos de povos antigos que habitaram todas as regiões do Chile. O
destaque fica para a exposição da cultura rapanui, com objetos trazidos da Ilha
de Páscoa, incluindo um exemplar do grande moai, um dos poucos localizados fora
da ilha e que está exposto na parte externa do museu. No andar superior do há uma coleção de animais empalhados
encontramos no país. A entrada custa $2.000 CLP (R$8,00) para adultos e $300
CLP (R$1,20) para crianças. O museu funciona de segunda à sábado, das 10h às
18h e nos domingos das 10h às 14h,
A última parada em Viña del Mar será
na Praia Reñaca (Playa Reñaca) localizada a 5 km da região central, com acesso
pela Av. Jorge Montt. É a praia mais badalada da cidade, com uma grande
infra-estrutura comercial e de entretenimento, com muitas lojas, bares,
restaurantes e casas noturnas, além de alguns dos melhores hotéis da região.
Uma das características mais marcantes da praia são os prédios em formato de
degraus.
Aqui vamos decidir se visitamos a
praia Concón, ou se preferimos voltar para a capital antes do anoitecer. Na
volta é imperdível passar pela Av. Perú, a principal da cidade, uma espécie de
Avenida Beira-Mar, com prédios altos, restaurantes e um grande calçadão, e
depois é só seguir para a rodovia 68 rumo a Santiago.
No último dia iremos para uma das
atrações mais famosas de todo o Chile a vínicola Concha Y Toro.
A vinícola Concha y Toro é a maior
do Chile e uma das maiores produtoras de vinho do mundo. Ela é responsável pela
fabricação de 12 marcas de vinho, entre elas Casillero del Diablo, Marques de
Casa Concha, Sunrise, Trio e Don Melchor.
Visitar a Concha y Toro é um
programa indispensável para quem vai passar alguns dias em Santiago, mesmo para
pessoas que não gostam de vinho.
A vinícola está localizada na rua
Virginia Subercaseaux 210, município de Pirque, que pertence à região
metropolitana de Santiago, a aproximadamente uma hora do centro da cidade. Há
três formas de se chegar até lá. A forma mais rápida e prática é através do
metrô, onde é preciso ir até a estação Las Mercedes, a última da linha L4 –
Azul, e depois percorrer um curto trajeto até a vinícola de táxi ou de ônibus
Metrobus, linhas 73, 80 ou 81.
Outra maneira de se deslocar até a
Concha y Toro é comprando o passeio com agências de turismo locais, como a
Turistik ou a Turistour, que cobram em torno de $33.000 (aprox. R$132,00) por
pessoa para um passeio que inclui o tour na vinícola e o translado de ida e
volta até o hotel. Na minha opinião não vale a pena, pois o passeio acaba
custando muito mais caro do que se for feito por conta própria.
A terceira opção, que será a que
vamos escolher, é dirigir até a vinícola, caso você tenha alugado um carro. É
só seguir sempre reto pela Vicuña Mackena, uma longa avenida que corta Santiago
de norte a sul, com início na estação de metrô Baquedano, próxima ao centro da
cidade. Para facilitar, essa avenida acompanha todo o traçado da linha 4 do
metrô, cujos trilhos são elevados em relação à rua. A partir de certo ponto a
avenida passa a se chamar Concha y Toro e depois de alguns quilômetros ela
cruza o Rio Maipo e tem o seu final no cruzamento com a Virginia Subercaseaux.
Virando então à esquerda já é possível avistar os portões de entrada da
vinícola.
No local há um grande estacionamento
para os visitantes e junto à portaria está a bilheteria para a compra dos passeios.
Há duas opções de tour: o tradicional Concha y Toro, que custa $8.000 CLP
(R$32,00); e o completo com queijos e vinhos Marques de Casa Concha, cujo preço
é de $17.000 CLP (R$68,00). A diferença entre os dois é que o passeio normal
dura 1 hora e possui duas degustações de vinho, enquanto o completo tem duração
de 1h30 e conta com seis degustações de vinho. Ambos iniciam juntos e percorrem
o mesmo roteiro dentro da propriedade, mas no final quem optou pelo completo
vai para uma outra sala onde são feitas as outras degustações, conduzidas por
um sommelier.
Independente do tour desejado, é
muito importante fazer uma reserva com antecedência no site oficial da vinícola
para garantir um horário, pois os passeios são muito concorridos e possuem
vagas limitadas. O pagamento é feito apenas no dia e no local. Quem chega sem
reserva pode perder a viagem ou ter que esperar um bom tempo pelo próximo
horário disponível. Eu reservei o tour tradicional para as 11:20, com guia
falando português.
A visita começa por um grande
corredor formado por plantas. No final dele o guia dá as primeiras explicações
e curiosidades sobre a Concha y Toro, como, por exemplo, que ela é a segunda
maior vinícola do mundo, exporta para mais de 100 países em todos os
continentes, produz 12 marcas de vinho e possui dezenas de vinhedos espalhados
por seis regiões do Chile, além de duas unidades no exterior, uma na cidade de
Mendoza (Argentina) e outra no estado da Califórnia (Estados Unidos).
Em seguida seguiremos para a frente
de um grande casarão amarelo, que antigamente era a propriedade da família de
Don Melchor de Santiago Concha y Toro, que fundou a vinícola em 1883 e dá nome
ao produto top de linha da Concha y Toro, o vinho Don Melchor. Atualmente a
companhia é administrada pelas famílias Guilisasti e Larrain e o casarão é
utilizado como escritório por diversos setores da empresa, por isso seu
interior não é visitado.
Os jardins da propriedade são uma
atração à parte, um verdadeiro jardim botânico, com amostras de plantas e árvores
de diversas regiões do mundo, incluindo até uma araucária brasileira. Há ainda
um grande lago, que antigamente era utilizado como fonte de água para irrigar
as plantações, e alguns animais soltos pela propriedade, como ovelhas e
pequenas aves.
O passeio prossegue então até um
grande vinhedo, onde são dadas explicações sobre as plantações, as uvas e como
fatores tipo clima, solo e região podem diferenciar a qualidade e o sabor dos
vinhos. A visita se concentra na beirada do vinho, numa pequena área onde estão
plantadas uma pequena amostra de todos os tipos de uva cultivadas pela vinícola
não só ali naquela propriedade, mas em todas as outras regiões do Chile.
O lugar é muito lindo para tirar
fotos Entre as curiosidades, aprenderemos que a uva Carmenére, que é de origem
francesa, foi trazida para o Chile e se adaptou muito bem ao clima e solo da
região, conseguindo produzir safras de melhor qualidade que as uvas de mesmo
tipo plantadas na França e que, por isso, os vinhos chilenos Carmenére são referências
mundias no que se refere à qualidade.
Além disso descobriremos também que
as videiras possui um sistema de plantação vertical para aproveitar melhor a
luz solar ao longo do dia e que as uvas são irrigadas num sistema de
conta-gotas, para que fiquem com uma casca mais grossa e com menos suco em seu
interior, a forma ideal para produzir vinhos de qualidade. É por isso elas
possuem uma aparência muito diferente dos cachos das uvas que costumamos
encontrar nos mercados, que tem mais suco e uma casca mais fina.
Em seguida acontece a primeira
degustação, de um vinho branco da marca Marques de Casa Concha. Todos os
visitantes recebem uma taça para prova-lo enquanto a guia o descreve, falando
de características como cor, aroma e sabor.
O passeio tem sequência com uma
visita às adegas, localizadas em grandes galpões climatizados onde estão
armazenados centenas de barris, contendo todos os tipos de vinho tinto
produzidos pela Concha y Toro. Uma dessas adegas é subterrânea e chamada de
Casillero del Diablo, o mesmo nome de um dos vinhos mais conhecidos da
vinícola, que inclusive patrocina um grande time de futebol na Inglaterra, o
Manchester United.
A adega e o vinho possuem este nome
por causa de uma lenda que por muito tempo assustou os moradores da região e
que foi criada por Dom Melchior, o fundador da Concha y Toro. Ele armazenava
nessa adega os vinhos que considerava de melhor qualidade, mas percebeu que
algumas garrafas estavam sumindo da adega e que havia alguém roubando elas.
Então inventou uma lenda de que um diabo habitava o local e disseminou a
história por toda a comunidade, que acreditou e ficou muito assustada com a
história. Desde então ninguém mais teve coragem de entrar na adega e por isso
as garrafas pararam de sumir.
A lenda do Casillero del Diablo é
contada de uma maneira inusitada para os visitantes, um pequeno show meio
desnecessário. A guia abandona os visitantes na adega, as luzes se apagam e uma
voz assustadora conta a história do local. No final todos são levados para uma
pequena sala, onde, atrás de um portão, aparece a imagem do diabo protegendo as
garrafas de vinho.
Depois da visita às adegas acontece
a segunda degustação, um vinho tinto da marca Casillero del Diablo. Novamente
são explicadas as caraterísticas do mundo que está sendo provado. No final, são
entregues pequenas sacolas para guardar a taça, pois ela é um brinde da empresa
e pode ser levada embora como lembrança.
Para terminar o tour, quem optou
pela opção tradicional é encaminhado para uma sala onde há um telão para
assistir um vídeo sobre a vinícola Concha y Toro e em seguida todos são
convidados a conhecer o Wine Bar e a loja de vinhos. Quem optou pelo tour
completo não assiste o vídeo e continua o passeio entrando numa sala
climatizada onde acontecem as outras degustações.
Quem optar pelo tour completo, entra
em uma sala, onde um sommelier aguarda os visitantes. A sala é pequena e a mesa
tem capacidade para apenas sete pessoas, por isso o número de visitantes é
limitado e é necessário fazer a reserva com antecedência. São provados quatro
vinhos da marca Marques de Casa Concha, um branco e três tintos. A degustação
de cada taça é intercalada com um tipo diferente de queijo, que melhor
harmoniza com a bebida que está sendo degustada. A tábua de queijos também pode
ser levada de brinde no final da visita.
Como já falei no início, vale muito
a pena conhecer a vinícola, é um passeio bonito e interessante. Dura apenas
meio período e é melhor se for feito na parte da manhã. Assim ainda sobra todo
o resto do dia para passear.
De lá e só seguir para o Cerro Santa
Lúcia que fica a poucas quadras do centro da cidade, e possui um pequeno parque
urbano, com praças, uma fonte e escadarias que levam a um mirante localizado no
topo e que proporciona um belo visual panorâmico da região central da cidade,
tendo como pano de fundo a Cordilheira dos Andes
O Cerro Santa Lucía está localizado
próximo à estação de metrô Santa Lucía – L1 e é rodeado por três vias: Avenida
Libertador Bernardo O’Higgins, Rua Santa Lucia e Rua Victoria Subercaseaux.
Atravessando uma grande praça
chega-se ao portão principal, onde há duas policiais sentadas fiscalizando a
entrada. Elas anotam o nome de todos os visitantes que entram no local, mas não
chegam a pedir nenhum tipo de documento. A presença delas dá uma certa sensação
de segurança ao local, que aparentemente poderia ser perigoso. Para conhecer o
cerro é preciso subir uma série de escadas e rampas, com algumas paradas ao
longo do caminho. Não sei a quantidade exata de degraus para se chegar até o
topo, mas deve ser por volta de 200. É um pouco cansativo, principalmente se
você já passou o dia inteiro caminhando, mas o visual lá do alto compensa
qualquer esforço.
Depois da primeira escadaria está a
Terraza Neptuno, onde há uma grande fonte inspirada na Fontana de Trevi, de
Roma, na Itália.
Subindo mais alguns lances de escada
e algumas rampas, chegaremos ao segundo nível, onde há uma grande praça, com
diversos bancos para sentar, alguns monumentos e obras de arte, lojinhas e
lanchonetes e mirantes que já proporcionam uma boa vista da região.
Depois da praça há mais uma grande
quantidade escadas, que levam até o mirante no topo do Cerro Santa Lucía. Essa
é a parte mais complicada do trajeto, pois as escadas são bem apertadas e
passam no meio de grandes pedras. Os degraus são pequenos, alguns estão
quebrados e a pedra é bem lisa, por isso é preciso tomar cuidado para não
escorregar. Lá em cima está o Mirante do Cerro Santa Lucía, a 69 metros do chão
e a 629 metros acima do nível do mar. O mirante é pequeno, não deve caber mais
que 15 pessoas lá em cima. Os visitantes se esbarram para curtir o visual e
conseguir bater fotos. É também um pouco perigoso, pois é muito alto e os muros
de proteção são muito baixos. Apesar de ele não ser tão alto quanto os mirantes
do Cerro San Cristóbal, possui uma vista diferente, mais próxima dos prédios e
com o melhor angulo para bater fotos tendo como cenário de fundo a grandiosa
Cordilheira dos Andes, que é muito mais alta do que eu poderia imaginar. Fiquei
um pouco impressionado com a altura das montanhas.
A visita ao Cerro Santa Lucía pode
ser complementada com um passeio pelas rua do bairro Lastarria, onde acontece
uma das mais famosas feirinhas de artesanato de rua de Santiago. Por ali também
está o Museu de Artes Visuales e o Centro Cultural Gabriela Mistral.
Por fim encerraremos nossa visita ao
Chile com uma passada no maior shopping da cidade o Parque Arauco (Av.
Presidente Kennedy 5413, Las Condes).
É o maior e mais moderno shopping
center de Santiago. As lojas funcionam das 11h00 às 21h00. Possui lojas que não
contam com unidades no Brasil, como GAP e Esprit, além de outras já conhecidas
pelos brasileiros, como Diesel, Armani Exchange, Guess, Lacoste, Hugo Boss,
Mango, entre várias outras. Conta ainda com grandes unidades das lojas de
departamento Ripley e Falabella, ambas multimarcas que vendem diversas grifes
internacionais. A praça de alimentação é bem grande e voltada principalmente
para o fast-food. Na área externa do Parque Arauco há um boulevard com mais
algumas lojas e bons restaurantes, que funcionam até tarde. O shopping possui
um serviço de transfer gratuito para alguns hotéis da cidade. A estação de
metrô mais próxima é a Manquehue L1, mas será preciso uma pequena caminhada a
partir dela.
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