Dando continuidade ao post anterior. Depois de visitarmos a impressionante Grand Prismatic, seguimos para a atração mais famosa do parque inteiro: Old Faithful.
Tenho certeza que uma infinidade de pessoas da minha geração (e de outras gerações também), assistiram aquele episódio do Pica-Pau no gêiser. Quando eu era criança aquele cenário era tão surreal, tão distante da minha realidade e da geografia do Brasil, que parecia coisa de ficção. Mas aquele cenário sempre habitou o meu imaginário.
Posso dizer que devo ao Pica-Pau a minha vontade inicial de desviar nossa rota de viagem para visitar o Yellowstone. Contudo, quando mais eu pesquisava sobre o parque,mais me encantava e amadurecia a ideia de visitá-lo.
Feitas essas considerações, enfim chegou o momento de ficar cara a cara com o gêiser mais famoso do mundo e sua grandes erupções que ocorrem, em média, a cada meia hora. Apesar da fama da pontualidade das erupções, com o passar do tempo elas tem ficado cada vez mais espaçadas. Os Rangers (guardas-florestais) conseguem prever as erupções do Old Faithful com margem de erro de 10 minutos.
DICA: Nos Visitor Centers sempre tem uma placa indicando o horário estimado da próxima erupção.
Como ainda faltava cerca de 28 minutos para a próxima erupção, aproveitamos para conhecer o Old Faithful Educational Center que tem uma ótima exposição de como se formam os gêisers.
Quando saímos do Educational Center, faltando ainda cerca de 15 minutos para a erupção, nos deparamos com uma multidão de pessoas digna dos espetáculos de encerramento dos parques da Disney. Nunca tinha visto tantas pessoas reunidas em um parque florestal, era impressionante.
Seguimos para o deque, já não havia mais lugares para nos sentarmos, então esperamos de pé mesmo. A medida que o horário previsto para erupção ia se aproximando mais e mais pessoas chegavam.
Enquanto esperávamos, sob um forte frio, a cada baforada que o Old Faithful dava as pessoas se agitavam e as crianças gritavam. Era um clima de euforia muito bom, compartilhado por pessoas de diversas nacionalidades. Para se ter uma ideia, enquanto falava com meu marido fui interpelada por um Texano se era brasileira, quando confirmei ele falou em um português claro que conhecia o Rio Grande do Sul e adorava a culinária brasileira, principalmente o churrasco. Pouco tempo depois comecei a conversar com uma família chinesa que pediu, gentilmente, para que as filhas pequenas ficassem na nossa frente.
Um pouco depois do previsto o Old Faithful entrou em ação, um espetáculo lindo que para sempre ficará na nossa memória.
Na área do Old Faithful tem vários prédios, aproveitamos para conhecer o Olf Faithful Inn, um belíssimo hotel construído em 1904 com toras de madeira extraídas da região. Ele é considerado o maior do mundo com essa estrutura. Uma boa dica é que no piso superior existem vários banquinhos com vista para o gêiser.
O saguão do hotel é imperdível, sua lareira é muito imponente. Se for visitar o local não deixe de dar uma passada na Gift Shop.
Resolvemos comer em um dos restaurantes do hotel, pedimos um hambúrguer de bisão que estava muito saboroso mesmo.
Como nosso hotel era um pouco distante do parque (os hotéis próximos são muitos caros nessa época do ano em que viajamos), esse foi nosso destino final. O Yellowstone deixou um gostinho de queiro mais, até porque não conhecemos quase nada do parque.