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CONHECENDO A ESTÁTUA DA LIBERDADE DE GRAÇA - LADY FREEDOM

Quando se fala em Nova Iorque qual o primeiro símbolo que nos vem a mente, ela a Estátua da Liberdade, afinal a Lady Freedom é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. Mas ao contrário da grande maioria dos pontos turísticos de Nova Iorque, não dá para visitá-la simplesmente andando. Como muitos devem saber, a Estátua da Liberdade fica em uma ilhota no meio do Rio Hudson, ou seja, para chegar lá só de barco.

Assim como todo turista que está Nova Iorque nos queríamos visitar seu símbolo mais famoso, mas como tinha ido outras vezes sabia que isso significaria enfrentar filas intermináveis só para entrar no barco e depois ficar disputando espaço com uma horda ensandecida de turistas e suas máquinas fotográficas. Como estava com crianças pequenas e no meio de um dos invernos mais rigorosos da cidade, sabia que não seria uma boa ideia.

No momento que planejava a viagem, lembrei que já havia feito um passeio que possibilitava ver a Estátua da Liberdade, toda a Lower Manhattan, a ponte do Brooklyn e a Ponte Verrazano e o melhor, de graça e sem filas. Não foi difícil optar por esse passeio.

Para tanto basta nos dirigirmos para o Ferry Boat de Staten Island. Staten Island é um dos 5 boroughs de Nova Iorque ( os outros quatro são Brooklyn, Queens, Bronx e Manhattan), como se pode obsevar no mapa abaixo.


Para chegar ao terminal sul, onde pegamos a barca, é só pegar os metrôs da linha 1 e desembarcar na estação South Ferry ou da linha R e desembarcar na estação Whitehall St. Embora os percursos sejam distintos, tanto a linha 1 como a linha R terminaram no mesmo lugar, e assim que você sair da estação do metrô verá uma enorme placa com os dizeres Staten Island Ferry.

Haverá uma multidão à espera da balsa na estação, mas não se preocupe, todos vão caber na balsa e ela não ficará superlotada. As estações são bem limpas, organizadas e tem wi-fi grátis, o que divertiu meu filho enquanto ele esperava a hora do embarque.

DICA: Os banheiros daqui são limpos. Como Wall Street não tem tantos banheiros públicos, aqui é uma boa opção.





O ferry boat parte do Whitehall Terminal em Manhattan e em cerca de 30 minutos, aporta no St George Terminal, em Staten Island.

Os ferrys circulam todos os dias da semana, 24 horas. Nos horários de pico (06:00am às 9:30am e 3:30pm às 8:00pm) os barcos saem a cada 15 ou 20 minutos. Nos horários menos concorridos os ferrys partem a cada 30 minutos. Consulte os horários exatos nesse site.

A principal dica é assim que você entrar no ferry se dirigir para o lado direito e na volta para o esquerdo, dessa forma você terá uma visão melhor da Estátua da Liberdade. A parte interna do ferry fica mais vazia, embora seja climatizada. No dia que fomos o tempo estava um pouco nublado o que dificultou a visão da Lady Freedom e estava um frio de rachar, não consegui ficar todo o tempo do lado de fora, e descobri que parte interna ficam os locais, cansados de ver a estátua todos os dias optam pelo conforto.






DICA: Dentro do ferry também tem uma lanchonete.

Uma coisa que pode decepcionar um pouco é o fato da Estátua da Liberdade não ser tão grande quando imaginamos quando a vemos nos filmes, mas mesmo assim é indescritível a sensação que temos quando ela vem surgindo no meio do Rio Hudson.



Quando o ferry chega ao St George Terminal todos os passageiros tem que descer, mesmo aqueles que querem só fazer um bate e volta. Você pode aproveitar para dar uma volta por Staten Island ou retornar imediatamente para dar uma volta no Wall Street, no Memorial 11 de setembro, Century 21 e Brooklyn Bridge, que foi o que fizemos nesse dia.


PASSEANDO EM BOSTON/CAMBRIDGE - HARVARD

Sempre tive vontade de conhecer a cidade de Boston e a proximidade dela com Nova Iorque, meu destino nesta viagem, tornou viável esse sonho. Entretanto, justamente à época da nossa viagem, os Estados Unidos estava enfrentando uma das suas piores nevascas, Nova Iorque e Boston estavam afundados na neve. O que fazer? Deveríamos abortar a viagem já que iríamos de carro?

Depois de muita pesquisa sobre o clima e estado das estradas decidimos seguir viagem, afinal seriam apenas 3 horas de carro de Nova Iorque a Boston. Devidamente encasacados, e aquecidos seguimos para nosso destino: a bela cidade de Boston.

Embora as duas cidades sejam próximas, não poderiam ser tão diferentes. Fundada pelos ingleses em 1630, Boston é uma das cidades americanas mais antigas e durante o império britânico foi o mais importante centro cultural dos Estados Unidos, permanecendo ainda hoje como expoente cultural estadunidense.

Na verdade Harvard e MIT ficam em Cambridge, cidade vizinha à Boston, mas é quase impossível se perceber quando uma começa e a outra termina.

Harvard foi fundada em 1636, sendo portanto a Universidade mais antiga dos EUA. Nela se formaram 8 presidentes dos Estados Unidos e tem como filiados mais de 150 ganhadores de prêmio Nobel.

Estacionamos sem dificuldades e após uma caminhada nos deparamos com a estátua de John Harvard, o grande benfeitor da faculdade. Ela é conhecida como a estátua das três mentiras: primeiro porque dizem que o rosto da estátua foi baseado em um estudante e não em John, já que todas as suas fotos foram queimadas em um incêndio; segundo porque os dizeres da estátua dizem que ele foi o fundador de Harvard quando na verdade ele foi o maior benfeitor e doador, mas não seu fundador; Por último o ano gravado como sendo o da fundação da universidade é 1638, quando deveria ser 1636.


Existe uma outra lenda sobre a estátua que diz que os alunos que tocarem o seu pé serão aprovados com boas notas. Muitos vistantes acreditam que tocar o pé esquerdo de John trará sorte, verdade ou não fomos lá tocar o seu pé esquerdo.

Uma curiosidade para os pais de pequenos é que no centrinho comercial de Harvard fica a única loja do mundo do George o Curioso, o simpático chimpanzé criado pelo homem do chapéu amarelo, parada obrigatória. Minha filha adora o desenho e gostou muito de entrar na loja.

Harvard é uma verdadeira cidade, grande o bastante para fazer com que nos perdêssemos entre os diversos prédios de tijolos vermelhos que dão um charme especial ao lugar, O vai e vem de estudantes torna o passeio ainda mais interessante.


Acho que se não fosse o frio cortante daquele dia, gastaríamos ainda mais tempo andando pelo campus.


A biblioteca do campus é a terceira maior dos Estados Unidos e seu nome, Widener Library é uma homenagem a um estudante morto no Titanic que teve todos os seus livros doados.

Os portões de Harvard ficam abertos de segunda à sábado de 09:00am às 5:00pm e existem vários tour guiados (mas nenhum em português) que devem ser reservados com antecedência. Como estávamos com crianças achamos que não valeria a pena, seria melhor caminhar a toa pelo campus.


Embora o frio fosse intenso os meninos curtiram o passeio.


Embora já tivéssemos visto o campus de Harvard em vários filmes, só mesmo estando lá você tem dimensão da real grandeza do lugar. A biblioteca, as faculdades, o dormitório.

Ao lado da Universidade fica o Harvard Square que é o centrinho onde fica a loja do George o Curioso e também diversos cafés e lojas charmosas. Tudo muito organizado e bem movimentado. Lanchamos em uma hamburgueria deliciosa que não me recordo o nome.

Achei o passeio ainda mais incrível do que havia imaginado, de lá seguimos para o MIT, que será assunto de outro post. Espero visitar Harvard outras vezes, em um clima menos rigoroso de preferência.






VIAJANDO COM BEBÊ - E SE ELE ADOECER?????

E SE ELE ADOECER NA VIAGEM?


Todas as vezes que falo com pais de bebês acerca de viagens, um dúvida/temor entra em discussão: o que fazer se ele adoecer? Confesso que esse tema nunca havia me tirado o sono, sempre viajei com meus filhos pequenos, isso nunca havia  sido um empecilho para mim, embora soubesse que poderia acontecer.

A primeira vez que viajei com a minha filha, ela tinha apenas 2 meses (foi uma viagem dentro do Brasil, para tirar o visto dela), com cinco meses fomos para os Estados Unidos. Com meu filho não havia sido diferente quando ele também tinha dois meses viajamos de carro de Fortaleza ao Pará, um percurso de mais de 1.800 km.

Sei que muitos pais me condenavam, achavam loucura, mas sempre achei inconcebível parar ou mudar totalmente a sua vida com a chegada de um bebê ou, pior, excluí-los da nossa vida diária, delegando seus cuidados a outras pessoas. É incrível como os bebês se adaptam facilmente, já para nós, os pais, é bem mais difícil, viajar com crianças significa abrir mão de vários passeios, principalmente aquele restaurante chique ou bar da moda, ou aquele maravilho show, mas também abre novo horizontes, ficar em um parquinho vendo a vida passar virá um programão e o que dizer dos museus voltados às crianças. Também significa levar uma tralha sem fim, mamadeira, chupeta, fralda, trocador, comidas especiais, brinquedos, enfim, um mundo.

Por isso continuei minha vida com as devidas adaptações, criando momentos únicos com meus filhos a cada viagem que fazia, vendo eles descobrirem um novo mundo a cada passeio, cultura e gostos diferentes. Embora o tema doença não me tirasse o sono, sempre fazia um bom plano de saúde antes de cada viagem, afinal seguro morreu de velho.

Pois bem, no último dia da nossa viagem ao Uruguai comentávamos como ela tinha sido boa e como todos a tinham curtido, já estávamos no carro a caminho da locadora para devolvê-lo, quando a minha filha, à época com 1 ano e 3 meses, vomitou. Achei que não era nada demais, afinal ela sempre vomitou com facilidade, devia ser uma simples indisposição. Limpamos o carro do melhor modo que conseguimos e o deixamos na locadora.

No aeroporto ela estava bem, corria e brincava com o irmão, embarcamos e assim que o avião decolou ela vomitou de novo. Nessa hora eu comecei a me preocupar. Ofereci água, ela aceitou e depois dormiu. Alguns minutos depois ela acordou e teve uma forte diarreia, que perdurou o voo inteiro.

Ficamos tão preocupados que acionei a aeromoça e ela o comandante, nosso voo era Montevidéu - São Paulo, São Paulo - Fortaleza, mas em virtude dos acontecimentos, achamos prudente desembarcar em São Paulo, minha filha estava bem desidratada e eu em pânico, meu pior pesadelo estava acontecendo, e em pleno voo, porque não foi no Uruguai ou no Brasil? Não podia ser pior!

Aqui faço um elogio à equipe da TAM, assim que o voo aterrizou em São Paulo fomos os primeiros a descer e uma equipe médica já nos aguardava, seguimos direto para a enfermaria do aeroporto onde o médico que nos atendeu ministrou soro, pois minha filha estava de fato muito desidratada e perguntou se ela tinha plano de saúde. Respondi prontamente que sim, ela tinha, mas foi quando percebi que havia cometido um erro enorme, estava de posse das apólices do seguro saúde, mas havia deixado os cartões do plano de saúde em casa.... O médico me recomendou que seguíssemos diretamente para o Hospital de Guarulhos para hidratá-la e averiguar melhor as causas da doença e, uma vez lá, era só pedir a um familiar que nos enviasse uma foto da carteira do plano de saúde e seríamos transferidos para um hospital particular.

Aceitei de pronto a sugestão do médico, seguimos de ambulância para o hospital e fomos muito bem atendidos pela médica plantonista, ela ministrou remédio na minha filha e soro glicosado e disse para aguardamos os resultados dos exames. Aqui faço dois adendos: uma simpática funcionária da TAM me acompanhava a todo momento, somente quando eu a dispensei ela foi embora e o Hospital de Guarulhos não permitia a entrada de crianças, por esse motivo tive que ficar sozinha, meu marido teve que ir para um hotel com nosso filho.

Quando minha filha estava um pouco mais estabilizada, já não vomitava e tinha episódios de diarreia a um tempo, questionei à médica se poderia transferi-lá para um hospital particular, nesse momento ela me disse que ela seria melhor atendida no Hospital de Guarulhos do que em qualquer outro, e completou: se fosse a minha filha a deixaria aqui. E foi isso que fiz.

A minha filha tinha sujado todas as roupas delas e as minhas, estávamos apenas com a roupa do corpo e assim ficamos a tarde e noite toda. Dormi em uma cadeira ao lado da cama da minha filha. Ficava pensando o que a fez adoecer, será que as papinhas diferentes do Uruguai, ou foi aquele dia no parque em que ela levou a mão suja à boca, ou naquele dia que brincou com cachorros? Não tinha como saber. Tinha sido culpa minha por viajar com ela tão nova? Não, nada disso estava na minha esfera de culpa, eu não poderia ter evitado. Esse pensamento me ajudou a superar os problemas que estava enfrentando.

No outro, ela comeu e não vomitou e estava melhor, mas só tivemos autorização para embarcar ao meio-dia. E nesse momento teço mais um elogio à TAM, eles prontamente me colocaram no primeiro voo disponível.

Quando finalmente cheguei em casa, minha filha levou 4 dias para se recuperar totalmente, havia perdido muito peso. Após esse episódio minha mãe me perguntou: você ainda vai viajar? Respondi que sim, mas sem muita segurança. Depois de um tempo refleti que esse terrível episódio poderia ter acontecido em qualquer lugar, nosso filhos não estão imunes à doença.

E assim foi, no final do mesmo ano viajamos novamente e a viagem foi maravilhosa, sem nenhum percalço. Filhos podem adoecer, e com certeza uma viagem não é o melhor lugar para que isso aconteça, mas será que devemos nos trancar em casa com medo? Acho que o mais correto é seguir nossas vidas tomando cuidado para evitar maiores complicações, no caso de viagens, fazer um bom seguro saúde e NUNCA esquecer do cartão do plano de saúde do Brasil. Mas deixar de viajar jamais...

Qualquer dúvida podem postar no comentário que eu responderei com prazer.


PARQUE RODÓ E RAMBLAS POCITOS E BUCEO - MONTEVIDÉU

Em minhas viagens sempre tento incluir um parque ou praça em meus roteiros, acho que passear descontraidamente por esses lugares é uma das melhores formas de ver como os locais vivem, além de, na maioria das vezes, ser um passeio gratuito. 

Quando comecei a pesquisar sobre Montevidéu descobri que o Parque Rodó é um dos mais famosos da cidade e fica localizado em um dos bairros mais nobres, o Punta Carretas. Ele foi construído a princípio para ser um parque de diversões e foi sendo modificado até adquirir o formato atual: dois parques, sendo um voltado para os adultos e outro para crianças.

O Parque Rodó tem ainda um belo lago com pedalinhos, um castelo (que na verdade é uma biblioteca infantil - que meus filhos adoraram visitar) e um Museu de Artes Visuais.


O nome dele foi uma homenagem ao importante escritor uruguaio José Henrique Rodó e uma das principais atrações do parque é uma estátua em sua homenagem.

O parque é muito agradável, muito bem arborizado o que o torna extremamente convidativo para uma caminhada, entretanto para as mamães que estão com o carrinho, o meu caso à época, ele não prima muito pela acessibilidade e tem bastante trilhas de areia e pedriscos o que torna difícil caminhar com o carrinho.



Mas, mesmo assim, acho que valeu muito a pena a visita, meus filhos curtiram muito o lugar, e mesmo com as dificuldades relatadas, conseguimos andar com o carrinho pelo parque, embora algumas vezes tivéssemos que ergue-lo para chegar a um lugar ou outro, mas para nós brasileiros isso já é comum.

O parque tem diversos bancos espalhados convidando os transeuntes a um descanso, além disso ele tem wi-fi grátis.

DICA: Nas manhãs de domingo acontece uma feirinha de artesanato na Av Julio Herrera y Reissig, na região central do parque.

Ele é muito frequentado pelos locais, que aos domingos enchem as quadras de futebol e tênis existente no local.

Você deve começar pela parte superior do Parque Rodó, na Rua Gonzalo Ramirez, onde fica um parque de diversões infantil que alegrou os pequenos com  brinquedos tradicionais como a centopeia. Se você seguir andando chegará ao lago onde ficam os pedalinhos, nessa área tem uma lanchonete simpática com vista para o lago.

Continuando o passeio chegaremos ao parque voltado aos adultos (Rambla Presidente Wilson), onde fica um parque de diversão para os maiores e o Cassino Municipal. Aqui fica a Playa Ramirez que é muito bonita.

Ao redor do Parque Rodó você encontrará várias opções de restaurantes, bares e lanchonetes.

Como fomos no inverno, estava muito frio, ventando muito, e o parque não estava muito lotado.

Uma ótima opção é aproveitar o passeio pelo parque Rodó e seguir para as Ramblas que são avenidas litorâneas de Montevidéu que tem mais de 20km de margens ao longo do Rio de La Plata.

Percebi que os Uruguaios tem uma ligação muito forte com o Rio de La Plata e, consequentemente, com as Ramblas. Como fizemos nosso passeio em um dia de domingo, diversas pessoas estavam nas ramblas, fazendo piquenique, jogando bola, passeio com os cachorros ou simplesmente vendo a paisagem.

Seguimos de carro para a praia de Pocitos que fica na Rambla Republica del Peru e em um dos bairros mais bonitos de Montevidéu, com bons restaurantes, hotéis, lojas e um paredão de prédios à beira-mar (ou melhor beira-rio), um calçadão convida para uma caminhada.

De lá seguimos para a Rambla de Buceo na Rambla Armenia, onde ficam os prédios mais altos e modernos da cidade. Nesse local fica uma bela Marina e um Píer bem grande que avança pelo mar.

Terminamos nosso roteiro nele, observando o por-do-sol, em mais um dia inesquecível.




RED LOBSTER - PARA OS AMANTES DE FRUTOS DO MAR

RED LOBSTER - UM MAR DE SABORES


O restaurante Red Lobster (Lagosta Vermelha) é na verdade uma cadeia de restaurantes criada nos Estados Unidos, mas especificamente na cidade de Lakeland, Flórida, por Bill Darden.

Como é fácil de se imaginar em razão no nome do restaurante sua especialidade é frutos do mar, como por exemplo lagostas, camarões, caranguejos, lula e etc.

A rede abriu recentemente restaurantes no Brasil no Aeroporto Internacional de Guarulhos e no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília.

Quando Bill Darden abriu o seu primeiro restaurante, com 19 anos de idade, o The Green Fog. Entretanto como a paixão dele era frutos do mar, em 1968 ele inaugurou o primeiro Red Lobster, nos anos 70 a marca se estabeleceu e se tornou líder no seguimento de frutos do mar. Atribui-se a rede a invenção do popcorn shrimp, pedaços pequenos de camarão empanados que parecem pipocas.

A rede tem grande distribuição no Estados Unidos e Canadá, em qualquer região pode-se encontrar  facilmente um restaurante Red Lobster. Se você quiser achar o restaurante mais próximo em uma viagem, basta colocar o zip code (cep) ou o nome da cidade ou estado neste site.

A rede costuma ter estacionamento farto (gratuito) e manter o mesmo layout, assim como todas as cadeias de restaurantes estadunidenses. 

Logo na entrada do restaurante fica um grande aquário com lagostas, elas tem as patas amarradas e você pode solicitar que um atendente pegue-a para você segurar. Eles avisam que elas costumam se mexer bastante, e de fato elas dão umas sacudidas brabas, mas no máximo provocam gritos assustados. Meu filho criou coragem e escolheu uma das grandes para bater a foto abaixo.



Os pratos são bem servidos, embora em sua maioria sejam individuais servem dois adultos sem muita fome. 

Assim como a grande maioria dos restaurantes americanos, logo na entrada fica um hostess que pergunta quantas pessoas, adultos e crianças, participarão da refeição. Feito isso ela pega os cardápios para as crianças, que acompanham giz de cera, e nos leva à mesa.

O garçom chegará e se apresentará, nesse primeiro momento ele trará os cardápios e indagará o que os presentes querem beber, lembrando que a água é gratuita, embora seja retirada da torneira, o que é comum nos EUA, caso você opte por uma garrafa mineral (bottle of water) terá que pagar. Os refrigerantes são refis, sempre que seu copo secar o garçom perguntará se você quer mais, sem nenhum custo adicional por isso.

Junto com as bebidas. o garçom trará deliciosos pãezinhos de cortesia, bem quentinhos. Para mim, os pãezinhos do Red Lobster são um dos melhores, porque na verdade tratam-se de biscuits.


Eu gosto muito dos seguintes pratos com camarão:

. Admiral´s Feast U$ 19,79 - que vem com peixe, vieiras, camarão e mariscos, todos empanados e fritos. Sei que não é light, mas é delicioso.



. Shrimp Linguini Alfredo - U$ 14,49 (meia porção) ou U$ - 18,49 (inteira) - que o fettucine com molho Alfredo e camarões.

Quanto ao caranguejo, todos da minha família são apaixonados pelo Snow Crab Legs - U$ 20,49 - que são as patas do caranguejo gigante das águas geladas. Huummm.



Se for amamnte de lagosta peça o Rock Lobster Tail - U$ 34,99 - que é a cauda da lagosta grelhada à perfeição, com arroz selvagem e brocólis.

O menu infantil tem ótimas opções, desde o batido macarrão com queijo U$ 5,79 (muito comum nos EUA, mas que eu particularmente acho sem gosto, opinião compartilhada pelos meus filhos), camarão ao alho e óleo (Garlic-Grilled Shrimp) U$ 5,99, uma porção pequena de Snow Crab Legs U$ 9,79, Popcorn Shrimp (camarões empanados) U$ 5,99, Peito de Frango Grelhado (Grilled Chicken) - U$ 6,29, Peixe Grelhado (Broiled Fish) U$ 5,99 e Nugget de Frango (Chicken Fingers) - U$ 6,29.

Sempre indico esta cadeia de restaurantes, ainda mais para os amantes de frutos do mar.




DISCOVERY COVE COM UM BEBÊ, NO INVERNO

DISCOVERY COVE NO INVERNO E COM BEBÊ??:


O Discovery Cove talvez seja o parque mais desconhecido do grande público que visita Orlando, talvez isso ocorra por sua característica de resort privado. Além disso muitas pessoas pensam que o seu ingresso é muito caro e o deixam para lá em seus roteiros, o que é um grande erro.

Mas mesmo as pessoas que o conhecem, tem muitas dúvidas acerca de dois temas que vou tratar nesse post: dá para visitar no inverno? Devo levar meu filho pequeno?

Como já disse em outros posts, a época que mais gosto de visitar Orlando é entre meados de Novembro a final de Dezembro, ou seja, final do outono e começo do inverno. Portanto, sim, fomos para o Discovery Cove no inverno e valeu muito a pena.





Como o sistema do parque é all-include, o ingresso dá direito ao uso de uma roupa de mergulhador, feita de neoprene (na verdade há uma exigência ao uso dessa vestimenta), você pode optar por usar apenas o colete, um macacão curto ou o macacão comprido. No inverno a dica é optar  pelo macacão comprido, pois a roupa ajuda a manter a temperatura do corpo, além de ajudar na flutuação.

Obs; O macacão é a coisa mais difícil de vestir do mundo inteiro, quase que eu não consigo colocar e você fatalmente precisará de uma ajuda para fechar o zíper das costas, além disso toda a vez que precisar tirar e recolocar passará pelo mesmo tormento. Morremos de rir uns dos outros pelo esforço sobre-humano que estávamos fazendo para colocar aquelas latas de sardinha.

Mas, se você não é tão friorento, pode optar pelo macacão curto ou colete. Meu marido ficou com essa última opção e não reclamou do frio.

As águas das atrações que não tem animais são mantidas aquecidas, o que dá um ótimo conforto térmico. Entretanto, a água da piscina dos golfinhos e das arrais não é aquecida para manter um ambiente mais próximo ao habitat deles.

O inverno em Orlando não é tão rigoroso, principalmente durante a manhã, os dias ensolarados proporcionam temperaturas agradáveis, mas mesmo nesses dias a água das piscinas com animais fica um pouco fria, causando um certo desconforto assim que se entra nelas, mas logo isso é superado e as roupas ajudam bastante. Além disso a água dos chuveiros presentes no parque é aquecida.



Uma dica que vale para todos os parques aquáticos é a de comprar aqueles sapatilhas de neoprene, além delas evitarem arranhões nos pés (a maioria dos pisos das piscinas é áspera e, vai por mim, você irá arranhar o pé) elas também proporcionam conforto térmico.

Já foi três vezes ao Discovery Cove no inverno e em todas elas curti o parque sem maiores problemas, além disso nessa época os parques tendem a ficar menos lotados e isso vale até para o Discovery Cove que tem entrada limitada.

Vamos ao segundo questionamento, sim o Discovery Cove é ótimo para se ir com bebês e crianças pequenas, embora crianças menores de menores de 6 anos não possam nadar com os golfinhos. 

Embora a grande maioria das pessoas pense que o único motivo para se visitar o Discovery Cove seja o nado com os golfinhos eu discordo, o parque tem diversas outras atrações. Se seu filho não pode nadar com os golfinhos, poderá ver arraias gigantes, peixinhos coloridos nos corais e até tubarões. Além disso alimentar os pássaros de espécies, tamanhos e cores variadas agrada a todos.



Se você mesmo assim quiser nadar com os golfinhos a dica é agendar dois horários diferentes para o seu o grupo, assim vocês alternam e alguns nadam enquanto alguém cuida do bebê/criança pequena e depois é só trocar. O bom desse arranjo é que quem ficar em terra pode tirar fotos do grupo que está com o golfinho, porque as fotos do parque são meio caras.

O parque tem um restaurante central, onde são servidos o café da manhã, almoço e lanche da tarde, as crianças adoraram as opções de comida e os adultos também. Uma grande vantagem para quem está com crianças pequenas é que como o parque é muito amplo, você pode ficar nas mesas ao redor do restaurante com o carrinho, o que é proibido em quase todos os restaurantes de parques.

Meu filho e sobrinho também aproveitaram bastante os quiosques espalhados pelo parque, eles tem refrigerante, chás, águas e lanches como batata chips, mini pretzels, peixinho dourado e outras guloseimas incluídos nos preços do ingresso. Também servem cerveja e bebidas (como margueritas) para os maiores de 21 anos.

Outra grande vantagem de se ir com crianças pequenas é que menores de 3 anos não pagam ingresso, embora devam ser mencionados no momento de aquisição dos ingressos.

Como o parque tem areia para todos os lados você não pode entrar com o seu carrinho, mas o parque fornece carrinhos apropriados para o uso em areia, eles são grandes, limpos e confortáveis, embora um pouco difíceis de pilotar. Você os pega no lobby do parque, logo após fazer o check inn.


Pela foto vocês podem ver que o carrinho fornecido pelo parque comporta até crianças maiores, ele reclina bem favorecendo a soneca delas.

O parque tem uma vegetação exuberante, areia branquinha e espreguiçadeiras espalhadas por todo o lugar, o que é um convite para as sonecas dos bebês e brincadeiras na areia.



A primeira vez que fui com a minha filha ela tinha apenas 5 meses, mas entrei com ela nas piscinas aquecidas, a levei para o aviário e ela ficou encantada com a diversidade e beleza dos pássaros. Ainda não existia a nova área com as lontras e macaquinhos. Enfim, ela curtiu muito o parque e na hora da soneca dormiu como nunca embalada pelas musicas tropicais e sombra das árvores.




Também consegui aproveitar bem o parque, enquanto ela cochilava no carrinho aproveitei para nadar com as arraias com o marido, filho e sobrinho e até dei uma descansada da rotina dos parques esparramada em uma espreguiçadeira tomando uma marguerita sem álcool (estava dirigindo e cuidando de 3 crianças).

Quando fui com outra vez, minha filha já estava com um ano e meio ela aproveitou ainda mais, entrou em todas as piscinas, deu comida ao pássaros e correu atrás deles, observou as lontras e macacos-algodão, interagiu com alguns animais que os funcionários do parque apresentam ao público em quiosques, brincou de castelinho na areia, enfim se esbaldou.



O meu conselho é, não desistam desse parque porque estão com crianças pequenas ou porque a viagem ocorrerá no inverno. O Discovery Cove é um dos parque mais agradáveis para mamães e filhotes pequenos.




CASAPUEBLO

CASAPUEBLO


Quando estava montando o meu roteiro do Uruguai, pesquisei algumas atrações mais voltadas para as crianças, assim a viagem fica mais interessante tanto para mim quanto para eles. Viajar em família é saber adequar os interesses e necessidades de todos os membros.

Então, eis que surge a Casapueblo, localizada à 26km de Punta Del' Leste, em Punta Ballena. Como Punta Del' Leste já estava no nosso roteiro, embora estivéssemos viajando no inverno, achei que era uma ótima ideia fazer esse afago nos meninos.

A antiga moradia de verão do artista plástico e arquiteto uruguaio Carlos Paéz Vilaró, uma construção que lembra as casas gregas de Santorini, virou um ponto turístico que reúne museu, loja, galeria de arte, restaurante e hotel com 12 suítes e 56 apartamentos, com seus terraços voltados para o mar. Ela serviu de inspiração para o nosso conterrâneo ilustre Vinícius de Moraes compor a canção "A Casa", uma das músicas preferidas da minha filha.


Antes de visitarmos o lugar contei a história da casa e de como ela serviu de inspiração para a composição da música "A Casa" para os meninos. Isso serve para prepará-los para a atração e criar vínculos com ela. Antes de chegarmos ele já estavam ansiosos.

Quando a visitei, o horário de funcionamento era das 10:00 às 18:00 e o ingresso custava U$ 6,00.

Antes de se chegar à casa fica a famosa parede dando boas-vindas aos visitantes.



A casa é mais visitada perto do por-do-sol, como ela fica à beira de um penhasco de frente para o mar o visual é inesquecível no crepúsculo. Várias pessoas se reúnem ali todos os dias para desfrutar desse visual. No momento em que o sol vai se pondo, todos os dias, um poema de Carlos Paéz, lido pelo próprio, ecoa pelo local. O Poema é um despedida para o Sol, o astro que motivou a construção do local.

A construção começou em 1958 ao redor de uma casinha de lata usada por Carlos Vilaró como ateliê. Posteriormente a casa de lata foi demolida e construída outra de madeira e, dois anos depois, começou a ser coberta com cimento e cal. A intenção do uso do branco da cal era contrastar com azul do céu e do mar. A partir desse momento a obra de arte habitável passou a ser esculpida à mão, razão pela qual a construção não possui uma linha reta sequer.

Por ser construída aos poucos, a casa ganhou ares de labirinto. Porém seu idealizador disse ter se baseado nos ninhos do joão-de-barro.

Como tínhamos alugado carro não tivemos maiores problemas em chegar ao local, como era começo de inverno não havia muitos visitantes, embora estivesse fazendo sol, o dia estava frio e ventava muito local, afinal estamos num penhasco à beira-mar.

Para quem vai com crianças a dica é mantê-las sempre próximas, os terraços não tem proteção e ficam à beira do penhasco e tem diversas obras espalhadas pela casa. Então, todo cuidado é pouco.



O acesso aos visitantes fica restrito a alguns lugares, afinal aqui funciona ainda um hotel e é a moradia do artista. A partir de um grande gramado do lado de fora da Casapueblo é possível avistar toda a construção.

Perto da Casapueblo fica o famoso mirante, para chegar até basta seguir pela Rambla Panoramica até o seu final. O Mirador de Punta Ballena tem vista para os dois lados da Península. Também é possível ver, ao fundo, os prédios de Punta Del Leste.

Não espere muita coisa do Mirante além da paisagem hipnotizante, não existe ali uma grande obra de engenharia como se pode ver na foto.







Como dá para perceber na foto, no Mirante o vento estava ainda mais forte e frio, mas a beleza do lugar compensou o desconforto térmico, tanto é que nos sentamos no peitoril para admoirar a vista por um tempo. Uma das vantagens de se viajar é reservar um tempo para apenas ver o mundo ao lado das pessoas que amamos, sem muita pressa e expectativas.

A Casapueblo e o Mirante de Punta Ballena, foram um dos pontos altos da nossa viagem ao Uruguai. Eles entram na lista daqueles lugares mágicos que nos fazem querer sempre viajar e ficam guardados na nossa memória para sempre.



ROTEIRO SANTIAGO E VINA DEL MAR - CHILE

CHILE


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            Ir ao Chile é desembarcar em um país conservador – só em 2004 o divórcio foi autorizado por lei – mas que cresce sem parar. E não foi só. Elegeu Michelle Banchelet (divorciada!) e declaradamente agnóstica (num país católico) para presidente da república. A quarta mulher a subir ao poder pelo voto direto na América Latina.
           
            O país é uma tripa (tem largura máxima de 175km) e quase 4300km de comprimento. Isso rendeu ao Chile paisagens insólitas, passando pelo deserto mais seco do mundo no norte a geleiras e fiordes do sul. Banhado pelo gelado Pacífico, tem uma variedade incrível de frutos do mar – alguns não existem em nenhum outro lugar do mundo. De exóticos a saborosos, cada um tem o seu. Sem falar nas empanadas, fritas ou assadas.

            Da pior ditadura aos vinhos célebres, o Chile também teve o seu 11 de setembro. O ano era 1973. O general Pinochet chefiou o golpe militar que levou o então presidente socialista, Salvador Allende, a fazer seu último discurso de dentro do Palacio La Moneda: “Esta será, seguramente, la última oportunidad em que me pueda dirigir a ustedes. (…) Mis palabras no tienen amargura, sino decepción, y serán ellas el castigo moral para los que han traicionando el juramento que hicieron. (…) Éstas son mis últimas palabras, teniendo la certeza de que el sacrificio no será em vano. Tengo la certeza de que, por lo menos, habrá uma sanción moral que castigará la felonia, la cobardia y la traición..”

            Em seguida, salvador Allende se suicidou.

            Foram 17 anos de ditadura. Pinochet chegou a ser preso. Respondeu por crimes de genocídio, tortura e terrorismo. Foi condenado, depois absolvido. Morreu em 2006 aos 91 anos, sem nunca pagar pelas barbaridades que cometeu.

            Nesse meio tempo o Chile renasceu. Cultura, arte, política e economia passaram por diversas transformações que revelaram um país adorável, surpreendente, inesgotável. A luta contra a violência doméstica – um problema crônico – está por todas as ruas, nas estações de metrô e na televisão. Resultado da força e da influência feminina de Bachelet.

            O peso chileno é bem desvalorizado, um real equivale a 240,41 pesos chilenos.

            Considerações feitas, vamos á parte prática.

            Como o Chile é uma cidade compacta os principais pontos turísticos podem ser matados num único dia, se estivermos com disposição. Dá para usar o metrô ou o ônibus hop-on hop-off da Turistik.

            O ideal é começarmos subindo o Cerro San Cristóbal (Pío Nono 450, Recoleta – Estação de metrô mais próxima é a Baquedano, linha 1-vermelha ou 5-verde. Parada Turistik – Parque Metropolitano).

            Localizado na região central de Santiago o Cerro San Cristóbal é um programa imperdível na capital do Chile. O Cerro (morro em português) é um dos pontos mais altos da cidade e nele fica uma estátua da Virgem de La Inmaculada Concepción e o Santuário de la Inmaculada Concepción.

            Do alto do Cerro San Cristóbal se tem uma bela vista de boa parte de Santiago, com a Cordilheira dos Andes ao fundo. O ideal é ir ao Cerro logo no primeiro dia de nossa viagem a Santiago, para já termos uma noção de como é a cidade. A linda névoa branca que paira sobre Santiago, principalmente no inverno, na verdade é poluição.

            O Cerro San Cristóbal fica ao lado do Barrio Bellavista, um dos mais turísticos da cidade e bem próximo do Centro.  Para subir ao Cerro o jeito mais tradicional, fácil e turístico é de funicular. A estação base do funicular fica no final da Rua Pio Nono, no Barrio Bellavista.

            O ideal seria subir de funicular até o topo do morro, mas o mesmo estará fechado para reforma na época em que vamos, portanto só nos restará subir de ônibus (gratuitos).

            Quando chegarmos ao topo, na estação Cumbre, iremos nos deparar com uma grande praça, que possui algumas lojinhas e lanchonetes, além de um grande mirante que proporciona uma visão panorâmica de boa parte da cidade de Santiago. A visibilidade geralmente está um pouco prejudicada devido a grande camada de poluição que há sobre a cidade, principalmente no inverno. 


            O Santuário da Imaculada Conceição (Santuario de la Inmaculada Concepción del Cerro San Cristóbal) está um pouco mais acima, sendo necessário subir alguns lances de escada ou uma rampa para acessá-lo. Ele é considerado um dos principais templos da igreja católica do Chile. Há um grande altar onde são celebradas as missas e arquibancadas ao ar livre para que o público possa acompanha-las, além de uma grande capela de pedra onde são realizadas outras missas e celebrações. Caixas de som espalhadas por todos os lados tocam músicas de igreja, deixando o ambiente numa paz total.

            Subindo as escadas em direção à santa é possível encontrar algumas imagens de Cristo e monumentos em homenagem à pessoas mortas. Lá no alto, soberana no topo do Cerro San Cristóbal, está a imagem da Virgem Imaculada Conceição, abençoando a cidade de Santiago. Ela tem 14 metros de altura, com um pedestal de 8,3 metros. Foi fabricada em Paris e pesa mais de 36 toneladas. Sua altura sobre o nível do mar é de 863 metros.
            Aos pés da Santa há um espaço onde os visitantes podem queimar velas e deixar suas preces, pedidos e agradecimentos. Há uma grande quantidade de objetos e bilhetes no local.

            Depois e só sair pelo lado esquerdo da entrada do parque, passando pela frente do Hotel Aubrey e entrando na primeira rua à esquerda, uma rua sem saída que termina na frente do Museu Las Chacona.

            O Museu La Chascona é uma das casas do poeta Pablo Neruda no Chile e está localizada na rua Fernando Márquez de la Plata 0192, bairro Bellavista, aos pés do Cerro San Cristóbal. A visita permite conhecer todo o interior da casa e acontece com a presença de um guia. É um passeio muito interessante, mesmo para quem não conhece nada sobre o poeta. Funciona diariamente das 10h às 18h, exceto às segundas-feiras, quanto está fechado. Nos meses de janeiro e fevereiro tem o horário estendido até as 19h. O ingresso custa  $3.500 CLP (R$14,00) e há tours em espanhol, inglês ou francês. Não é permitido bater fotos no interior da casa, apenas no jardim.           

            Pablo Neruda foi um poeta nascido no Chile e considerado um dos mais importantes da língua castelhana do século XX. Também trabalhou como cônsul do Chile na Espanha e no México. Foi o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1871. Além desta casa em Santiago ainda tinha outras duas, uma na Isla Negra e outra na cidade de Valparaíso, chamada La Sebastiana.

            A casa La Chascona foi construída em 1953 para sua amante Matilde, que tinha o apelido de chascona (descabelada) por causa de seus cabelos ruivos grandes e bagunçados. O poeta só foi morar nela em 1955, quando se separou oficialmente de sua primeira esposa. Ele faleceu em 1973 e Matilde continuou morando na casa até sua morte em 1985.

            O museu é constituído de diversos objetos que fizeram parte da vida do casal. O tour acontece por todos os ambientes da casa, do jardim ao escritório do poeta, passando pela sala de estar, de jantar, cozinha, quartos e até o banheiro. Boa parte dos objetos encontrados são originais e muitos deles foram trazidos das outras casas de Neruda para fazer parte do acervo. A casa tem um estilo excêntrico, construída em formato de navio, com teto baixo e escadas apertadas. Durante o golpe militar de 1973 ela foi muito danificada e teve muitos dos seus objetos saqueados por vândalos, mas graças ao esforço de Matilde e seus familiares e amigos foi restaurada e hoje é um las dos principais museus da cidade de Santiago.

            Recomenda-se muito a visita, muito dizem ser ele uma ótima surpresa mais interessante que se pode imaginar.       
           
            Daí e seguir para o Mercado Central (San Pablo, 967, Santiago, Chile) que é outra parada imperdível. Uma mistura bem folclórica de peixes, frutos do mar, cantores e arquitetura. Fica a poucos quarteirões da Plaza das Armas.





            No pátio central você pode experimentar os mais variados pratos da culinária chilena, destacando as “machas a la parmesana”, um saboroso fruto do mar coberto com queijo gratinado, o “ceviche” feito com salmão ou “reineta”, um peixe de carne macia, temperado com limão, cebola e um toque especial.

            Outro prato delicioso é a “Centolla” uma espécie de caranguejo gigante que é cultivado bem no sul do Chile. Vale a pena experimentá-lo. O preço é assustador R$ 160, mas fazendo bem as contas, como dá para dividir a iguaria por 4 pessoas, o preço não é tão ruim assim.



            Falando da arquitetura, o teto do mercado central é uma magnífica construção de ferro fundido. Dedique alguns minutos para apreciá-lo com calma.

            São vários os restaurantes, destaco o  “El Galeón” e “Donde Augusto”.

            Do Mercado Central dá para ir a pé o coração da cidade velha (deixando o carro no nosso hotel – cerca de 650m), a Plaza das Armas.

            A Plaza das Armas é o coração histórico e social da cidade. Há vários edifícios de valor nacional ao redor da praça, o que atrai uma multidão imensa, que passa a tarde descansando, jogando xadrez ou assistindo os artistas de rua.. Dali partem também alguns importantes calçadões de pedestres, como o Paseo Ahumada, a Paseo Puente e a Paseo Estado, numa interessante e agradável rede de calçadões do centro, repleta de lojas e restaurantes, que inclui também o Paseo Huérfanos, a uma quadra paralela à Plaza das Armas.

            Está é uma região sempre movimentada e vibrante, excetuando aos finais de semana, feriados ou à noite, quando fica tão vazia que chega a assustar. A presença de várias boates de show eróticos na região do centro também contribuem para o clima pesado durante à noite, mas, de dia, é uma área segura e animada.

            De longe, o que mais impressiona na Plaza de Armas é a magnífica Catedral Metropolitana de Santiago, tão bela por fora quanto por dentro.

            O melhor horário para vê-la em toda a sua beleza é de manhã, quando o sol ilumina sua fachada. A entrada na catedral é gratuita e, em algumas ocasiões, você terá a chance de presenciar uma missa.

            A Agência do Correio Central é um monumento de valor histórico. Antigamente, era a sede dos governantes do Chile, até transferirem-na para o Palácio de La Moneda.


            A entrada é gratuita. Além disto, há um pequeno museu postal em seu interior.
           
            Municipalidade de Santiago foi o local onde as autoridades coloniais instalaram o Cabildo, ou seja, a sede da administração colonial no Chile e o cárcere. Ainda hoje é um edifício destinado à administração comunal. Não tenho certeza se o prédio é aberto à visitação pública (não encontrei nada em nenhum lugar da internet), no entanto, numa portinha ao lado, há um escritório de informações turísticas, de onde sai o ônibus Turistik (e de onde também se pode comprar o bilhete), além de acesso grátis à internet. Neste escritório, pode-se também conseguir alguns folhetos e mapas de Santiago.
           
            Atenção para os Ask Me que são uma fonte valiosa de informações ao turista, eles ficam zanzando pela Plaza das Armas, com eles podemos obter mapas da cidade, informações sobre passeios turísticos, e perguntar o que vale a pena ou não ser feito em Santiago. O serviço deles é gratuito.

            Museu Histórico Nacional é pouco lembrado pelos turistas brasileiros. Apesar de haver alguns artefatos de arte pré-colombianos, o foco deste museu é a história do Chile e, particularmente, de Santiago.

            Há vestimentas da época colonial e do período revolucionário, além de armas, uniformes, pinturas à óleo, maquetes e vários utensílios do cotidiano de gerações anteriores. A ala mais comovente é, sem dúvida, a dedicada ao golpe militar contra Salvador Allende, comandado pelo general Pinochet. Nesta seção está exposto até o óculos que Allende estava usando quando se suicídou. Outro item que chama a atenção é uma espada que havia pertencido à San Martin, líder da revolução que tornou o Chile e a Argentina países independentes no século XIX.

            A entrada custa a bagatela de 600 pesos chilenos (pouco mais que U$ 1), no entanto, se visitarmos o museu aos domingos ou feriados, a entrada é gratuita.

            O Palácio de La Moneda é a sede da presidência do Chile, e uma das grandes atrações turísticas de Santiago. Infelizmente a visitação ao palácio está temporariamente suspensa por causa do terremoto de 2010, que abalou a estrutura deste edifício.

            Esta é uma região muito segura e agradável, pode-se sentar na grama e descansar depois de uma manhã de passeios pelo centro de Santiago.

            Por uma entrada lateral, há o acesso ao Centro Cultural La Moneda, que fica no subsolo do Palácio e que apresenta interessantes exposições temporárias, que costumam ser gratuitas aos domingos. Além disso existe conexão wi-fi gratuita em frente ao Ministério da Agricultura, que pode ser utilizada por uma hora.

            Mas a grande atração que ocorre no Palácio de La Moneda é a troca de guarda presidencial, dos carabineros, que marcham com uma precisão milimétrica. A troca ocorre a cada dois dias, pontualmente às 10 horas da manhã.

            O ideal é chegar meia hora antes para pegar o melhor lugar (bem em frente à porta do Palácio).

            No segundo dia o ideal é irmos a Valparaíso e Viña Del Mar, duas cidades litorâneas bem próximas, porém muito distintas, localizadas a aproximadamente 120km da capital.

            Começaremos por Valparaíso, uma das cidades mais antigas do Chile e que possui uma área histórica considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.

            Valparíso foi fundada em 1544 pelo Espanhol Pedro de Valdívia. Atualmente possui cerca de 300 mil habitantes e é a Capital Legislativa da República do Chile. Uma de suas características mais marcantes é a geografia repleta de morros na beira do mar. Ao todo são 42 morros e colinas, que como disse acima, os chilenos chamam de cerros.

            Para ajudar a população e os visitantes a subir as ladeiras inclinadas, existem 15 elevadores, ou ascensores, espalhados pela cidade.

            Há três maneiras de irmos a Valaparaíso partindo de Santiago. A primeira delas é pegando um ônibus de linha, como os das empresas Pullman e Turbus, que partem do terminal rodoviário Alameda. Outra forma é comprando o passeio com agências de turismo locais, como a Tutistik e a Turistour, que cobram em torno de $ 32.000 CLP, aproximadamente R$ 132,00 por pessoa, num pacote que inclui também a visita à Viña Del Mar.

            A terceira e melhor opção para nós e dirigir até a cidade já que estaremos com carro alugado. A viagem de Santiago a Valparaíso duram, em média, 1:30h e o caminho é pela rodovia 68. A estrada é muito boa e toda duplicada, com velocidade máxima variando entre 80 a 120km, dependendo do trecho. Há dois pedágios no caminho que custam $ 2.300 CLP (R$ 9,20) cada.

            Logo na saída de Santiago a estrada passa por um túnel bem grande, com 3 km de extensão. O caminho também passa pelo Valle de Casablanca, uma das principais regiões produtoras de vinho do Chile, com várias vinícolas na beira da rodovia que podem ser visitadas. Nessa região é comum pegar uma neblina meio chata por um bom tempo, mas nada que deixe a estrada perigosa. A rodovia termina bem no centro de Valparaíso e pouco antes de entrar na cidade já é possível ver os morros muito altos cheios de casas.        

            Chegando na cidade, o ideal é virar à esquerda na Av. Brasil e depois pegarmos à Av. Errázuriz, costeando o mar até o canto esquerdo da cidade, onde está localizado o porto. Aqui é só estacionar o carro num terreno que serve como estacionamento privado, na esquina da Cochrane com a Márquez, que custa $1.500 CLP (R$6,00) por cerca de 1h30.

            A primeira atração que deve ser visitada é o Ascensor Artilleria, um elevador que faz a ligação entre a Plaza Wellright, na estação baixa, e o Paseo 21 de Mayo, na estação alta. Inaugurado em 1893, ele percorre uma distância de 175 metros, numa inclinação de 30 graus, atingindo 80 metros de altura. São dois vagões, cada um com capacidade para 25 pessoas, que se revezam no trajeto. Enquanto um sobe, outro desce ao mesmo tempo.

            Cada trecho custa $300 CLP (R$1,20). O curioso é que o pagamento é feito somente na estação superior. Você sobe e só paga lá em cima, antes de passar na catraca de saída. Não faz muito sentido! Ambas as estações são bem jogadas, mal cuidadas, e os vagões, que são de madeira, também são precários e parece que vão quebrar a qualquer momento.           

            Lá em cima está o Paseo 21 de Mayo, o principal mirante da cidade, com uma bela vista panorâmica de toda a cidade, tendo à sua frente o porto de Valparaíso. Junto ao mirante há uma feirinha com várias barracas de artesanato.

            Junto ao Paseo está o Museo Naval y Maritimo, ou Museu Marítimo Nacional, que retrata a história chilena, com enfoque principalmente nas grandes navegações, incluindo a Guerra do Pacífico, com direito a diversas réplicas perfeitas das antigas embarcações. A coleção conta ainda com muitas obras de arte, objetos antigos, bustos, vitrais, bandeiras e mapas. Os salões são bem amplos e o museu é muito bem cuidado. O ingresso custa $700 CLP (R$2,80) para adultos e $300 CLP (R$1,20) para crianças. O horário de funcionamento é de terça à sábado, das 10h às 17h30. É permitido tirar fotos no interior, sem a utilização do flash.

            No centro do museu há um grande pátio e nele se encontra a mais nova atração, acrescentada ao acervo há poucos meses. Trata-se da cápsula Fênix, utilizada no histórico resgate dos mineiros chilenos, um episódio que comoveu o mundo no ano de 2011. Junto à ela há alguns murais contando todos os detalhes do resgate e também estão expostos alguns objetos utilizados, como uniformes e óculos de proteção. O Museu Naval y Marítimo já era uma atração interessante de se conhecer por causa do seu rico acervo, mas agora, com esta nova adição, tornou-se uma atração imperdível em Valparaíso. É possível entrar na cápsula apertada para bater fotos à vontade!


            Depois de visitar o Museu, ao invés de pegarmos o elevador para descer, podemoss ir a pé pelas ruas e escadarias estreitas do morro (desde que seja viável com o carrinho da Júlia), para ver as casa coloridas e sentir um pouco do clima da cidade. Há quem diga que Valparaíso parece uma grande  favela, por causa dos seus morros bem altos e dominados por casas amontoadas. Até parece, mas é o estilo de vida deles. Praticamente toda a população vive nas casas espalhados pelos 42 morros.

            A próxima parada deve ser a Plaza Sotomayor, a maior praça da cidade que possui diversas construções históricas. O que mais chama atenção na praça é o Monumento a los Héroes de Iquique, em homenagem aos mártires que participação do Combate Naval de Iquique. Abaixo do monumento há um mausoléu onde foram enterrados os corpos de alguns combatentes. Num edifício em frente ao monumento há uma casa de câmbio onde se pode encontrar uma das melhores cotações do Chile.

            Saindo da praça o ideal é visitar o Museu La Sebastiana, a casa do poeta Pablo Neruda em Valparaíso, localizada na rua Ricardo de Ferrari 692. Para facilitar a localização, aqui vai uma dica: devemos encontrar a avenida  Colón, uma via paralela às avenidas Brasil e Pedro Montt, e siguir até o final dela, nas proximidades da Plaza Victoria. Quando ela terminar, basta virar à esquerda numa pequena subida para entrar na Ferrari. Explicando assim pode parecer confuso, mas acompanhando no mapa não tem erro! A Ferrari é uma ladeira estreita e muito, mas muito íngreme. Alguns carros podem ter dificuldade de subi-la. Lá no alto há uma pracinha, várias barracas de artesanato e logo depois o museu. 

            A La Sebastiana é uma das atrações mais interessantes de Valparaíso. Na entrada há um pequeno café e uma loja, onde está a bilheteria. Na área externa ainda há um centro de informações turísticas e um mirante com vista panorâmica para a cidade. O ingresso custa $3.000 CLP (R$12,00) e o museu funciona de terça à domingo, das 10h10 às 18h (de março a dezembro), e das 10h30 às 18h20 (janeiro e fevereiro).

            A visita acontece com o auxílio de um áudio-guia, com a opção de idioma em português. Segurando o aparelho como se fosse um telefone, o visitante vai caminhando pela casa e digitando os códigos de cada ambiente para ouvir a explicação. A casa tem 5 andares e é rica em detalhes, com os objetos originais utilizados pelo poeta. Todos os ambientes são visitados, como a sala de estar, a sala de jantar, o bar do poeta, o dormitório, o banheiro e o escritório de Pablo Neruda. Ao longo das explicações é possível ouvir diversos poemas de sua autoria. Não é permitido bater fotos do interior da casa, apenas da vista que se tem a partir de suas janelas. Mochilas e bolsas devem ficar num guarda-volumes do lado de fora.

            A última atração a ser visitada em Valparaíso é o Muelle Baron, um antigo pier, localizado próximo à zona portuária. O local possui dois guindastes desativados e ainda é utilizado por embarcações de pequeno porte e também como palco para algumas festas e eventos. Há um estacionamento próximo e o acesso é feito passando por debaixo do elevando no início da Av. España, que faz a ligação com a cidade de Viña del Mar.

            Agora é hora de seguir para Viña Del Mar. Viña del Mar é considerada a “capital turística do Chile” e possui algumas das melhores praias do país, por isso atrai tantos turistas, principalmente no verão. Também conhecida como “a cidade jardim”, possui uma grande infra-estrutura hoteleira e gastronômica que ajudam a fazer do turismo a sua principal atividade econômica.

            Localizada a 120 km de Santiago e com uma população de aproximadamente 300 mil habitantes, Viña del Mar é uma cidade que pode ser visitada durante o ano inteiro. Achei que eu fosse encontrar uma cidade morta fora da temporada, mas fiquei surpreso em saber que a cidade é muito maior que eu imaginava, possui vida própria e uma infra-estrutura de dar inveja a muitas cidades litorâneas brasileiras.

            Para chegar na cidade é só dirigir apenas 5 km pela Av. España, partindo de Valparaíso, a cidade que teremos visitado na parte da manhã. Quem vai de ônibus de linha pode fazer o trajeto entre as duas cidades através do Metropolitano Valparaíso, também conhecido como MERVAL, uma linha de trem que percorre a costa com diversas estações nas duas cidades.

            A primeira parada em Viña del Mar deve ser no seu principal cartão postal, o Relógio de Flores (Reloj de Flores), um grande jardim bem na entrada da cidade que possui um grande relógio com flores formando os números e o nome da cidade. É uma parada obrigatória para qualquer turista que visita a cidade. Ele fica próximo à Playa Caleta Abarca, bem no final da Av. España.

            Depois do relógio, o ideal é caminharmos por um grande calçadão que passa em frente ao hotel e segue pela orla da Playa Miramar, uma pequena praia com muitas pedras, em direção à próxima atração, localizada na outra extremidade.

            O Castello Wullf (Castilo Wullf) foi construído por um comerciante alemão, Gustavo Wulff, no ano de 1906, com traços influenciados pelo estilo francês e alemão. A torre foi acrescentada em 1920 e o local serviu de residência para seu criador até sua morte, quando passou para o domínio de sua esposa, que reformou o castelo para então vendê-lo ao município de Viña del Mar. Atualmente é utilizado como sala de exibição para mostras de arte.

            A entrada no castelo é gratuita e ele funciona de terça à domingo, das 10h às 13h30 e das 15h às 17h30. No seu interior, há uma parte cujo piso é de vidro, permitindo visualizar a água do mar batendo nas rochas. Ao lado do castelo há uma pedra bem alta que serve como mirante, com um visual panorâmico da Playa Miramar, do Oceano Pacífico e da principal orla da cidade, a Av. Peru.

            Saindo do castelo devemos ir em direção à cidade, atravessando a Ponte Casino, para almoçar no restaurante Divino Pecado, que está na lista de melhores restaurantes de Viña del Mar na opinião dos leitores do site Trip Advisor. É um restaurante italiano pequeno e bem agradável, localizado bem no início da Av. San Martín, em frente ao Cassino da cidade. O preço é um pouco alto, mas a comida é muito saborosa, com massa artesanal.

            Depois do almoço, atravessando a rua, chegaremos ao Casino de Viña del Mar, o cassino mais antigo do Chile, inaugurado em 1930. Ele está localizado junto a um grande hotel resort, num complexo com vários restaurantes, bares e boate, de frente para o mar. A entrada custa $3.800 CLP (R$15,20) e ele funciona 24 horas por dia, sendo proibido para menores de 18 anos. São 1200 máquinas, mais de 80 mesas de jogos, além de bingos e outras atividades.

            Agora é hora de voltarmos para o carro e dirigir até a próxima atração, o Parque Quinta Vergara, uma grande área verde na região da cidade, que possui grandes jardins e atrações como o Museo Nacional de Bellas Artes, no Palácio Vergara, e um grande anfiteatro utilizado com capacidade para 16 mil pessoas utilizado para grandes eventos, como o Festival da Canção de Viña del Mar.

           Em seguida vamos visitar o Museu Fonck (Museo Fonck), que abriga uma interessante coleção de objetos arqueológicos de povos antigos que habitaram todas as regiões do Chile. O destaque fica para a exposição da cultura rapanui, com objetos trazidos da Ilha de Páscoa, incluindo um exemplar do grande moai, um dos poucos localizados fora da ilha e que está exposto na parte externa do museu. No andar superior do  há uma coleção de animais empalhados encontramos no país. A entrada custa $2.000 CLP (R$8,00) para adultos e $300 CLP (R$1,20) para crianças. O museu funciona de segunda à sábado, das 10h às 18h e nos domingos das 10h às 14h,

            A última parada em Viña del Mar será na Praia Reñaca (Playa Reñaca) localizada a 5 km da região central, com acesso pela Av. Jorge Montt. É a praia mais badalada da cidade, com uma grande infra-estrutura comercial e de entretenimento, com muitas lojas, bares, restaurantes e casas noturnas, além de alguns dos melhores hotéis da região. Uma das características mais marcantes da praia são os prédios em formato de degraus.

            Aqui vamos decidir se visitamos a praia Concón, ou se preferimos voltar para a capital antes do anoitecer. Na volta é imperdível passar pela Av. Perú, a principal da cidade, uma espécie de Avenida Beira-Mar, com prédios altos, restaurantes e um grande calçadão, e depois é só seguir para a rodovia 68 rumo a Santiago.

            No último dia iremos para uma das atrações mais famosas de todo o Chile a vínicola Concha Y Toro.
            A vinícola Concha y Toro é a maior do Chile e uma das maiores produtoras de vinho do mundo. Ela é responsável pela fabricação de 12 marcas de vinho, entre elas Casillero del Diablo, Marques de Casa Concha, Sunrise, Trio e Don Melchor.

            Visitar a Concha y Toro é um programa indispensável para quem vai passar alguns dias em Santiago, mesmo para pessoas que não gostam de vinho.

            A vinícola está localizada na rua Virginia Subercaseaux 210, município de Pirque, que pertence à região metropolitana de Santiago, a aproximadamente uma hora do centro da cidade. Há três formas de se chegar até lá. A forma mais rápida e prática é através do metrô, onde é preciso ir até a estação Las Mercedes, a última da linha L4 – Azul, e depois percorrer um curto trajeto até a vinícola de táxi ou de ônibus Metrobus, linhas 73, 80 ou 81.

            Outra maneira de se deslocar até a Concha y Toro é comprando o passeio com agências de turismo locais, como a Turistik ou a Turistour, que cobram em torno de $33.000 (aprox. R$132,00) por pessoa para um passeio que inclui o tour na vinícola e o translado de ida e volta até o hotel. Na minha opinião não vale a pena, pois o passeio acaba custando muito mais caro do que se for feito por conta própria.

            A terceira opção, que será a que vamos escolher, é dirigir até a vinícola, caso você tenha alugado um carro. É só seguir sempre reto pela Vicuña Mackena, uma longa avenida que corta Santiago de norte a sul, com início na estação de metrô Baquedano, próxima ao centro da cidade. Para facilitar, essa avenida acompanha todo o traçado da linha 4 do metrô, cujos trilhos são elevados em relação à rua. A partir de certo ponto a avenida passa a se chamar Concha y Toro e depois de alguns quilômetros ela cruza o Rio Maipo e tem o seu final no cruzamento com a Virginia Subercaseaux. Virando então à esquerda já é possível avistar os portões de entrada da vinícola.

            No local há um grande estacionamento para os visitantes e junto à portaria está a bilheteria para a compra dos passeios. Há duas opções de tour: o tradicional Concha y Toro, que custa $8.000 CLP (R$32,00); e o completo com queijos e vinhos Marques de Casa Concha, cujo preço é de $17.000 CLP (R$68,00). A diferença entre os dois é que o passeio normal dura 1 hora e possui duas degustações de vinho, enquanto o completo tem duração de 1h30 e conta com seis degustações de vinho. Ambos iniciam juntos e percorrem o mesmo roteiro dentro da propriedade, mas no final quem optou pelo completo vai para uma outra sala onde são feitas as outras degustações, conduzidas por um sommelier.

            Independente do tour desejado, é muito importante fazer uma reserva com antecedência no site oficial da vinícola para garantir um horário, pois os passeios são muito concorridos e possuem vagas limitadas. O pagamento é feito apenas no dia e no local. Quem chega sem reserva pode perder a viagem ou ter que esperar um bom tempo pelo próximo horário disponível. Eu reservei o tour tradicional para as 11:20, com guia falando português.

            A visita começa por um grande corredor formado por plantas. No final dele o guia dá as primeiras explicações e curiosidades sobre a Concha y Toro, como, por exemplo, que ela é a segunda maior vinícola do mundo, exporta para mais de 100 países em todos os continentes, produz 12 marcas de vinho e possui dezenas de vinhedos espalhados por seis regiões do Chile, além de duas unidades no exterior, uma na cidade de Mendoza (Argentina) e outra no estado da Califórnia (Estados Unidos).

            Em seguida seguiremos para a frente de um grande casarão amarelo, que antigamente era a propriedade da família de Don Melchor de Santiago Concha y Toro, que fundou a vinícola em 1883 e dá nome ao produto top de linha da Concha y Toro, o vinho Don Melchor. Atualmente a companhia é administrada pelas famílias Guilisasti e Larrain e o casarão é utilizado como escritório por diversos setores da empresa, por isso seu interior não é visitado.
           
            Os jardins da propriedade são uma atração à parte, um verdadeiro jardim botânico, com amostras de plantas e árvores de diversas regiões do mundo, incluindo até uma araucária brasileira. Há ainda um grande lago, que antigamente era utilizado como fonte de água para irrigar as plantações, e alguns animais soltos pela propriedade, como ovelhas e pequenas aves.

            O passeio prossegue então até um grande vinhedo, onde são dadas explicações sobre as plantações, as uvas e como fatores tipo clima, solo e região podem diferenciar a qualidade e o sabor dos vinhos. A visita se concentra na beirada do vinho, numa pequena área onde estão plantadas uma pequena amostra de todos os tipos de uva cultivadas pela vinícola não só ali naquela propriedade, mas em todas as outras regiões do Chile.

            O lugar é muito lindo para tirar fotos Entre as curiosidades, aprenderemos que a uva Carmenére, que é de origem francesa, foi trazida para o Chile e se adaptou muito bem ao clima e solo da região, conseguindo produzir safras de melhor qualidade que as uvas de mesmo tipo plantadas na França e que, por isso, os vinhos chilenos Carmenére são referências mundias no que se refere à qualidade.

            Além disso descobriremos também que as videiras possui um sistema de plantação vertical para aproveitar melhor a luz solar ao longo do dia e que as uvas são irrigadas num sistema de conta-gotas, para que fiquem com uma casca mais grossa e com menos suco em seu interior, a forma ideal para produzir vinhos de qualidade. É por isso elas possuem uma aparência muito diferente dos cachos das uvas que costumamos encontrar nos mercados, que tem mais suco e uma casca mais fina.

            Em seguida acontece a primeira degustação, de um vinho branco da marca Marques de Casa Concha. Todos os visitantes recebem uma taça para prova-lo enquanto a guia o descreve, falando de características como cor, aroma e sabor.

            O passeio tem sequência com uma visita às adegas, localizadas em grandes galpões climatizados onde estão armazenados centenas de barris, contendo todos os tipos de vinho tinto produzidos pela Concha y Toro. Uma dessas adegas é subterrânea e chamada de Casillero del Diablo, o mesmo nome de um dos vinhos mais conhecidos da vinícola, que inclusive patrocina um grande time de futebol na Inglaterra, o Manchester United.

            A adega e o vinho possuem este nome por causa de uma lenda que por muito tempo assustou os moradores da região e que foi criada por Dom Melchior, o fundador da Concha y Toro. Ele armazenava nessa adega os vinhos que considerava de melhor qualidade, mas percebeu que algumas garrafas estavam sumindo da adega e que havia alguém roubando elas. Então inventou uma lenda de que um diabo habitava o local e disseminou a história por toda a comunidade, que acreditou e ficou muito assustada com a história. Desde então ninguém mais teve coragem de entrar na adega e por isso as garrafas pararam de sumir.

            A lenda do Casillero del Diablo é contada de uma maneira inusitada para os visitantes, um pequeno show meio desnecessário. A guia abandona os visitantes na adega, as luzes se apagam e uma voz assustadora conta a história do local. No final todos são levados para uma pequena sala, onde, atrás de um portão, aparece a imagem do diabo protegendo as garrafas de vinho.


            Depois da visita às adegas acontece a segunda degustação, um vinho tinto da marca Casillero del Diablo. Novamente são explicadas as caraterísticas do mundo que está sendo provado. No final, são entregues pequenas sacolas para guardar a taça, pois ela é um brinde da empresa e pode ser levada embora como lembrança.

            Para terminar o tour, quem optou pela opção tradicional é encaminhado para uma sala onde há um telão para assistir um vídeo sobre a vinícola Concha y Toro e em seguida todos são convidados a conhecer o Wine Bar e a loja de vinhos. Quem optou pelo tour completo não assiste o vídeo e continua o passeio entrando numa sala climatizada onde acontecem as outras degustações.

            Quem optar pelo tour completo, entra em uma sala, onde um sommelier aguarda os visitantes. A sala é pequena e a mesa tem capacidade para apenas sete pessoas, por isso o número de visitantes é limitado e é necessário fazer a reserva com antecedência. São provados quatro vinhos da marca Marques de Casa Concha, um branco e três tintos. A degustação de cada taça é intercalada com um tipo diferente de queijo, que melhor harmoniza com a bebida que está sendo degustada. A tábua de queijos também pode ser levada de brinde no final da visita.

            Como já falei no início, vale muito a pena conhecer a vinícola, é um passeio bonito e interessante. Dura apenas meio período e é melhor se for feito na parte da manhã. Assim ainda sobra todo o resto do dia para passear.

            De lá e só seguir para o Cerro Santa Lúcia que fica a poucas quadras do centro da cidade, e possui um pequeno parque urbano, com praças, uma fonte e escadarias que levam a um mirante localizado no topo e que proporciona um belo visual panorâmico da região central da cidade, tendo como pano de fundo a Cordilheira dos Andes

            O Cerro Santa Lucía está localizado próximo à estação de metrô Santa Lucía – L1 e é rodeado por três vias: Avenida Libertador Bernardo O’Higgins, Rua Santa Lucia e Rua Victoria Subercaseaux.

            Atravessando uma grande praça chega-se ao portão principal, onde há duas policiais sentadas fiscalizando a entrada. Elas anotam o nome de todos os visitantes que entram no local, mas não chegam a pedir nenhum tipo de documento. A presença delas dá uma certa sensação de segurança ao local, que aparentemente poderia ser perigoso. Para conhecer o cerro é preciso subir uma série de escadas e rampas, com algumas paradas ao longo do caminho. Não sei a quantidade exata de degraus para se chegar até o topo, mas deve ser por volta de 200. É um pouco cansativo, principalmente se você já passou o dia inteiro caminhando, mas o visual lá do alto compensa qualquer esforço.

            Depois da primeira escadaria está a Terraza Neptuno, onde há uma grande fonte inspirada na Fontana de Trevi, de Roma, na Itália.

            Subindo mais alguns lances de escada e algumas rampas, chegaremos ao segundo nível, onde há uma grande praça, com diversos bancos para sentar, alguns monumentos e obras de arte, lojinhas e lanchonetes e mirantes que já proporcionam uma boa vista da região.

            Depois da praça há mais uma grande quantidade escadas, que levam até o mirante no topo do Cerro Santa Lucía. Essa é a parte mais complicada do trajeto, pois as escadas são bem apertadas e passam no meio de grandes pedras. Os degraus são pequenos, alguns estão quebrados e a pedra é bem lisa, por isso é preciso tomar cuidado para não escorregar. Lá em cima está o Mirante do Cerro Santa Lucía, a 69 metros do chão e a 629 metros acima do nível do mar. O mirante é pequeno, não deve caber mais que 15 pessoas lá em cima. Os visitantes se esbarram para curtir o visual e conseguir bater fotos. É também um pouco perigoso, pois é muito alto e os muros de proteção são muito baixos. Apesar de ele não ser tão alto quanto os mirantes do Cerro San Cristóbal, possui uma vista diferente, mais próxima dos prédios e com o melhor angulo para bater fotos tendo como cenário de fundo a grandiosa Cordilheira dos Andes, que é muito mais alta do que eu poderia imaginar. Fiquei um pouco impressionado com a altura das montanhas.

            A visita ao Cerro Santa Lucía pode ser complementada com um passeio pelas rua do bairro Lastarria, onde acontece uma das mais famosas feirinhas de artesanato de rua de Santiago. Por ali também está o Museu de Artes Visuales e o Centro Cultural Gabriela Mistral.

            Por fim encerraremos nossa visita ao Chile com uma passada no maior shopping da cidade o Parque Arauco (Av. Presidente Kennedy 5413, Las Condes).


            É o maior e mais moderno shopping center de Santiago. As lojas funcionam das 11h00 às 21h00. Possui lojas que não contam com unidades no Brasil, como GAP e Esprit, além de outras já conhecidas pelos brasileiros, como Diesel, Armani Exchange, Guess, Lacoste, Hugo Boss, Mango, entre várias outras. Conta ainda com grandes unidades das lojas de departamento Ripley e Falabella, ambas multimarcas que vendem diversas grifes internacionais. A praça de alimentação é bem grande e voltada principalmente para o fast-food. Na área externa do Parque Arauco há um boulevard com mais algumas lojas e bons restaurantes, que funcionam até tarde. O shopping possui um serviço de transfer gratuito para alguns hotéis da cidade. A estação de metrô mais próxima é a Manquehue L1, mas será preciso uma pequena caminhada a partir dela.