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GRAND TETON E YELLOWSTONE - O PARQUE COMPLETO

       Nesse dia acordamos bem cedo, pois do nosso hotel em Kalispell para a entrada do Yellowstone era uma distância boa e ainda queríamos dar uma paradinha em Virginia City, uma simpática cidadezinha fantasma.


      Não há muitas coisas para se fazer em Virginia City mas como ela estava no nosso caminho, aproveitamos para conhecê-la e dar uma esticada nas pernas. 

     Ela basicamente se resume a uma rua de prédio bem pitorescos, muitas gift shops e alguns restaurantes, todos os vendedores estão vestidos a caráter, com roupas de época.

      A grande vantagem em viajar para o Norte dos Estados Unidos no verão é que o dia rende muito pois o sol se faz presente das 4:00am até perto das 9:00pm. Em alguns locais às 10:00pm parecia que eram 5:30pm aqui em Fortaleza. Então aproveitamos bem o dia, o que fez nossa viagem render bastante.

      Voltando ao nosso roteiro, existem cinco cidades diferentes que dão acesso ao parque: West Yellowstone, Gardiner, Cooke City, Cody e Jackson Hole. Algumas deles permanecem abertas o ano todo, outras somente em determinados períodos. Para maiores informações consulte o link, nele você verá os horários de funcionamento dos Visitor Centers, alertas e outras coisas importantes.


        O Yellowstone, em razão da sua importância, foi considerado patrimônio mundial da UNESCO. Ele foi o primeiro parque nacional do mundo, criado em 1872, com isso se pretendeu preservar a enorme quantidade de geysers, fontes termais, fauna e flora abundante.

      A maior parte do Yellowstone fica no estado do Wyoming, mas ele também se espalha pelos estados de Idaho e Montana.

        Como se pode observar do mapa acima, as estradas fazem um 8, a parte debaixo do 8 é o Lower Loop e a superior o Upper Loop. Como optamos pela entrada oeste, e tínhamos pouco tempo nos concentramos no Lower Loop que concentra boa parte das principais atrações. 

       O Yellowstonw é gigantesco, é impossível conhecê-lo em apenas um dia, o ideal seria pelo menos três dias inteiramente dedicados a ele.

          O único porém é que ele é uma área extremamente turística o que significa hotéis caríssimos e superlotação, principalmente no verão, época que elegemos para a nossa viagem.

         A cidade de West Yellowstone concentra boa parte dos hotéis, muitos restaurantes e lanchonetes também, almoçamos em um McDonald na entrada do parque, e aproveitamos o wi-fi grátis para ligar para casa e atualizar as notícias.
       
   
                      

             A entrada do parque custa U$ 30,00 e é válida por 7 dias, se você optar por conhecer também o Grand Teton que fica praticamente colocado ao Yellowstone desembolsará U$ 50,00. Junto com o comprovante vem um mapa das atrações e horários de funcionamento dos Visitor Centers.

                     

            Assim que começamos a dirigir dentro do parque já nos deparamos com a fumaça das áreas termais do parque.



         Também bem na entrada do parque vimos os primeiros habitantes locais. O Yellowstone foi o parque em que mais vimos animais, vimos mais bisões aqui do que no National Bison Range.



        Nossa primeira parada foi a Celestine Pool, uma irmã da Grand Prismatic Spring, mas que em quesito beleza não deixa por menos








  Embora fosse pleno verão o frio nesse parque era intenso, e o vento forte contribuía ainda mais para o desconforto térmico. Mas isso não parecia incomodar muito a horda de turistas que lotava as principais atrações. Ficamos um bom tempo em um engarrafamento na entrada do estacionamento da Grand Prismatic Spring.

        A Grand Prismatic Spring é uma das atrações mais famosas do Yellowstone, uma fantástica lagoa de um azul com tons de amarelo e laranja de beleza indescritível. 

       Depois de amagarmos um bom tempo no engarrafamento e depois no estacionamento, finalmente conseguimos uma vaga e seguimos para a atração, para tanto temos que andar por um deque de madeira sob um forte vento e um cheiro de enxofre um pouco enauseante.

       Aqui observei dois fatos curiosos, o primeiro foi um rapaz de cerca de 25 anos que andava na nossa frente e portava uma arma de forma ostensiva como se aquilo fosse a coisa mais comum do mundo, para ele pode ser, mas para nós brasileiros bombardeados pela ladainha do desarmamento é algo inusitado. O segundo era a quantidade de bonés nas áreas termais, como o vento era forte os bonés não paravam na cabeças e depois era impossível pegá-los....



          Como se pode ver na foto abaixo, uma neblina chata tomou conta do parque o que dificultou a visibilidade da Grand Prismatic, tínhamos que esperar a neblina passar para ver algo.











Continua.......














   

GLACIER NATIONAL PARK - PARTE 2

        Continuando a postagem passada. Para quem ainda não leu a primeira parte desta postagem, basta clicar no link.

           O Glacier National Park é conhecido como "Coroa do Continente" em razão da sua posição geográfica e de sua beleza. Na verdade seu nome é Waternon - Glacier Park e foi o primeiro parque internacional da paz, criado em 1932 em um acordo entre os Estados Unidos e o Canadá.

             O parque tem duas entradas a West Glacier e a East Glacier, optamos pela entrada oeste pois era a mais próxima de nós e também a que apresentar maior infraestrutura.

              

             Antes da entrada do parque fica a charmosa cidadezinha de West Glacier, com muitas lojinhas e cafés com uma arquitetura muito pitoresca e muito uso de madeira nas construções, tudo lindo. Paramos em uma gift shop para comprar algo que nos fizesse lembrar para sempre aquele lugar, como se fosse possível esquecê-lo.....




          A entrada do parque custa U$ 30,00 por veículo, no período do verão (no outono e mais barato) e é válida por até 7 dias. O parque fica aberto todos os dias do ano, 24 horas.

       Existem 37 glaciares espalhados pelo parque, mas as mudanças climáticas tem acelerado a retração dos mesmos. Estimasse que em cerca de 30 anos eles deixaram de existir. Mais um motivo para visitar logo este paraíso.




         O Glacier National Park é muito extenso e com diversas trilhas e view points, o ideal é reservar pelo menos dois dias inteiros para conhecê-lo, mas infelizmente tínhamos apenas um dia para conhecer esse destino.

       A melhor opção para aqueles que, como nós, tem pouco tempo para visitar esse parque é percorrer a estrada "Going To The Sun". Essa estrada sobe a cordilheira de montanhas e tem seu ponto mais alto, no Logan Pass, a 2.025m de altura.

            A Going To The Sun é cheia de mirantes, cachoeiras e entradas para trilhas.

        A história da construção dessa estrada também é bem interessante. O objetivo era cruzar o parque de leste a oeste, passando por uma cadeia de montanhas no meio. Dois projetos foram apresentados, um mais rápido e barato, e o outro mais caro e cênico, mais “integrado à paisagem”. A segunda opção foi a escolhida, a “Going to the Sun Road”, uma das mais aclamadas estradas americanas, não só pela beleza da paisagem que a rodeia, mas também pela requintada engenharia de sua construção. 

         Algumas porções da Going To The Sun ficam abertas o ano todo proporcionando acesso a vários pontos e atividades. O período de abertura total da estrada é variável em razão da quantidade de neve e do tempo para removê-la, o mais comum é que isso se dê no final de junho ou início de julho.

            O limite de velocidade da estrada é de 45 a 25 milhas. Se não houver nenhuma parada a média para ir e vir é de 2 horas.

       Uma dica que eu dou e abastecer o carro antes de entrar no parque, porque dependendo da estação que você escolher para visitá-lo não encontrará postos abertos no seu interior, ou se encontrá-los o preço cobrado será bem mais alto.

           O ingresso do parque dá direito a usar o sistema de shuttles deles, que funciona conforme o mapa abaixo.
      


          Embora os Red Jams (como são chamados os shuttles) sejam extremamente charmosos, ainda mais quando se sabe eles datam de 1936, não achei o serviço prático. Você espera ao ar livre, sem ter onde sentar, até a hora de partida. Como nosso tempo era corrido achamos que não valia a pena e fizemos a nossa melhor escolha.


         O shuttle que estavamos esperando na fila do Apgar Visitor Center iria direto para o Logan Pass sem parar nos mirantes, o que tira muito a graça do passeio.

         Para se ter uma ideia de como demora para os veículos saírem, chegamos no Lake McDonald, conhecemos o lugar e partimos, enquanto o Red Jam ainda aguardava para partir.

          Como deu para perceber nossa primeira parada foi no Apgar Visitor Center, de lá partimos para o Lake McDonald, o maior e mais famoso lago do Glacier National Park, nele é possível fazer até um passeio de barco.

           Ficamos impressionados com a beleza do lugar. O ambiente era muito familiar, vimos muitas famílias curtindo as gélidas águas e/ou fazendo trilhas.



               No local tem um pequeno Pier e aluguel de caiaques. O cuidado está em cada detalhe. O paisagismo desta área é primoroso.



          O Lake McDonald Lodge é um dos mais antigos de todos os Estados Unidos, não deixe de dar uma entrada no seu lobby.


             Fizemos a Trail of Cedars, uma trilha de 1,4 milhas bem acessível por dentro da floresta densa.


             Fomos recompensados com essa paisagem.




             A estrada é muito sinuosa, não tem acostamento e só tem uma mão, por isso todo cuidado é pouco. Mas as paisagens que se descortinam a partir dela são únicas.



         Eram tantos mirantes que fomos escolhendo aqueles que eram mais famosos ou os que mais nos atraiam, simplesmente é impossível parar em todos.














         Embora nossa viagem tenha sido em pleno verão americano, vimos bastante neve nos Glaciares.





           Nessa época é comum que as águas de degelo façam pequenas cascatas ao longo do caminho.






       A medida que íamos nos aproximando do Logan Pass, era mais comum a presença de neve.






 





       Já no Logan Pass vimos esse simpático morador, também avistamos um lobo, mas ele foi tão rápido que não se deixou fotografar.


           Do Logan Pass voltamos para o West Glacier e de lá seguimos para a cidade de Kalispell onde iríamos pernoitar. No caminho a paisagem mais comum na estrada eram as plantações de canola.


          Fim de mais um dia incrível......



GLACIER NATIONAL PARK - PARQUE DOS GLACIARES MONTANA

     Quando estava pesquisando pontos de parada entre Seattle à Mineapolis deparei-me com o Glacier National Park, um parque nacional quase totalmente despercebido pelos brasileiros. Tive dificuldade de encontrar sites brasileiros que falassem algo a respeito do Glacier National Park então tive que baseiar minha pesquisa nos sites americanos. 

     E aqui vai uma grande dica para aqueles que querem visitar os parques nacionais e/ou estaduais americanos: visitem os sites dos parques, neles vocês vão ter acesso a informações atualizadas sobre os horários de funcionamento, Visitor Center, se existem locais para comer e abastecer o carro, trilhas, o clima e muitas outras informações pertinentes. O site do Glacier National Park é o seguinte: https://www.nps.gov/glac/index.htm, recomendo bastante a visita.

      Quanto mais pesquisava, mais ficava encantada com o Glacier National Park e não entendia o por que dele ser tão desconhecido por nós brasileiros.

       Bom, saímos cedo de Spokane porque eu queria conhecer e tomar café da manhã na cidade de Couer d'Alene, Idaho. Ela é uma cidade inteiramente voltada para o turismo, muito bem cuidada e com um lago lindo. Os hotéis são luxuosíssimos, e a rua central um charme. Adorei ter parado nesse lugar.









              Decidimos tomar café da manhã em um restaurante local ao invés das redes famosas para sentir mais o clima da cidade. O escolhido foi o The Breakfast Nook, o melhor café da manhã que já tomamos nos EUA, tudo tinha sabor caseiro, do chocolate quente ao pão. Perfeito!




        Como nosso caminho era longo e ainda teríamos de passar pelo National Bison Ranch, seguimos viagem logo depois do café. Uma pena pois queria ter tido mais tempo de curtir e conhecer Couer d'Alene.

         No meio do caminho uma Gift Shop nos chamou a atenção e resolvemos dar uma parada, ela era enorme, tinha até um aquário de trutas no seu interior. Tomamos um sorvete muito bom em uma lanchonete que fica dentro da Gift Shop. Além de muitos souvenirs legais a loja tem ainda uma máquina de pipoca no seu interior que fornece pipoca grátis para os visitantes.



          Logo na entrada do National Bison Ranch duas coisas nos chamaram a atenção: esse pilha de chifres de antílopes. Antes que alguém fique com pena dos animaizinhos, uma explicação: eles mudam de chifrem regularmente então nenhum deles foi arrancado, apenas recolhido no interior do parque; o outro é o fato de que a entrada (U$ 5,00 por veículo) do parque é paga da seguinte forma: você para o carro no Visitor Center e pega um envelope, coloca o dinheiro dentro e deposita o envelope com o dinheiro em uma caixa. Pronto. Mas todos os visitantes são honestos e pagam a taxa de entrada, como deveria ser em qualquer lugar do mundo.






            Dentro do Visitor Center tem vários mapas, inclusive um que informa a localização mais fácil de ver os animais, algumas regras do parque, a principal delas é nunca descer do veículo quando tiver algum bisão próximo, além de um bisão empalhado.



        Devo confessar que fiquei impressionada com o tamanho do bisão, ele é um animal muito lindo e imponente. Mas estava doida para ver um vivo, pastando no parque.

         Não demorou muito para avistarmos os primeiros moradores do parque, como o Ranger do Visitor Center tinha nos informado, perto dos riachos sempre é um bom local para ver animais.





           Mas eu queria mesmo era ver os bisões que dão nome ao parque, após alguns quilômetros, em uma imensa pradaria eis que eles aparecem. 











           Embora eles pareçam pacíficos e você tenha uma vontade enorme de descer do carro e ficar mais perto deles, regras existem para ser cumpridas e até o mais pacífico dos bichos pode se tornar perigoso caso se sinta ameaçado. Ficamos um tempo no National Bison Ranch e seguimos nossa viagem.

       No caminho, já próximo dos glaciares, vimos diversas barraquinhas ao longo da estrada vendendo cerejas. Não resistimos e paramos em uma para comprar uma bacia (bem grande, como tudo nos EUA) de cerejas frescas, dos pomares locais, por U$ 6,00. Foi uma das frutas mais gostosas que comi na vida. Era impossível parar de comê-las.






 Continua no próximo post......